quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

MUITA LUZ PRA VOCÊ EM 2011

DE MÃOS DADAS COM O TEMPO

Novamente vou deixar minhas pegadas na areia!... Até que as pequenas ondas apaguem minha passagem. Mas na alma e no coração, estas marcas se eternizam a cada ano que passa. Termina o ciclo e renasce a esperança! Abrem-se novas cortinas e começa o novo espetáculo da vida. Deixarei sim, novas marcas na areia, em minha alma e no coração de todos os que estiveram presentes ao longo da jornada que finda. Logo; estaremos seguindo cada um de nós o seu norte. A Rosa dos Ventos demarcará os rumos! O tempo avançará implacável e a vida ganhará mais um ciclo de existir. As pegadas desaparecem, o dia que termina, desaparece também. Descortina a noite com seu véu de estrelas e lá distante, o farol do fim de mundo emana sua luz fraterna. Pela noite, nossos sonhos, nossas viagens astrais. Pela vida, nossas ações, nossos anseios, nosso repensar em como viver melhor. Pise firme na areia. Decalque suas marcas e abra seu coração para o novo ciclo que daqui a pouco se inicia. O Novo Ano é apenas uma seqüência do magistral sincronismo de tudo que nos cerca. Tudo circula pelo Universo com a precisão mais incrível e até mesmo nossas pegadas na areia possuem um grande segredo: o de passar diante da imensidão de mãos dadas com o tempo e ir de encontro às surpresas da nossa Esperança. (p.b.j)
*publicado originalmente na Usina de Letras

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

QUANDO A FÉ FAZ TODA A DIFERENÇA

Ser diferente em meio a tantos iguais! Onde está a diferença que torna alguns mais vistos, exaltados, reverenciados? Pequenos detalhes que premiam alguns e os tornam de certo modo famosos. Famosos pela beleza acima da média ou da feiura que a todos espanta. Seja entre homens ou animais, algumas situações inusitadas podem ajudar em mudanças radicais tornando-se exemplo de perseverança e muita fé. Conheça a história de Faith, um cãozinho que nasceu sem as patas dianteiras e se tornou uma grande atração, apesar de sua aparente diferença. Veja sua história em nosso outro blog: www.columbianews2008.blogspot.com

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

AH! ESSAS ESTRADAS...

Ah! Essas estradas de viajantes apressados! Só enxergam a distância e imaginam o destino. Mas não conseguem enxergar a verdadeira maravilha da suposta aventura. De um lado tem o sol, a relva, os arvoredos,o horizonte sem fim. Do outro, o descortinar da noite, o véu de estrelas, o farol lunar e a certeza de um renascer. Ah! Essas estradas mundo afora! Tão longas, tão curvas e retas, tão incertas, às vezes,quanto nossos sonhos mais absurdos. Mas viajar é preciso e vislumbrar, uma ordem! (P.B.J.- 30/11/10) *Em alusão ao texto "Dia Lindo", de Mónica, da cidade de T.Vedras/Portugal em seu Blog "Dias da Mónica" em: www.diasdamonica.blogspot.com

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

RACHEL- A SENHORA DAS LETRAS

Uma mulher traça seu destino pelo Caminho de Pedras e entre idas e vindas, se deixa levar pelos encantos das Três Marias até novos encontros. Primeiro com João Miguel e depois com Dora, a Doralina. Seu nome era Rachel, aquela que não gostava de escrever, mas que o fazia só para sobreviver. Quantas palavras emboladas num novelo de histórias compridas, fascinantes e eternas. Palavras que saltitavam de sua inspiração e seguiam, de alguma maneira, aquele Caminho de Pedras tão meticulosamente construído pelos tantos anos vividos.
Palavras que mereceram admiração e que por certo, em muitas madrugadas se misturaram ao canto precioso de um certo Galo de Ouro. Memórias vivas, passagens de uma vida doce-amarga, porque todas as vidas têm, em dados instantes, esses gostos que as impulsionam. Menina ainda, sonhando com um futuro no mundo das fadas. Moça, encarando a dura realidade de estar em meio ao turbilhão de gentes. E pelo seu Caminho de Pedras escreveu ao longo da vida muitas histórias de vida, registrando para sempre tudo aquilo que o avançar do tempo burila em cada um de nós. Senhora absoluta da escrita, com muita honra foi a primeira a ocupar cadeira na academia e isto anunciava novos tempos. Não vou mergulhar em sua história tão longa e fantástica, até porque, sua história está viva pelos diversos portais e impressa em suas famosas obras. Ela, Rachel – a escritora e a repórter. Repórter da alma humana e do cotidiano do mundo que a cercou. Pouco antes da partida, e desta vez para seguir seu Caminho de Pedras rumo à eternidade, crivou o Memorial de Maria Moura, que do livro foi para a telinha da tevê. Evidente que não posso esquecer O Quinze, seu primeiro livro e, portanto, o seu grande portal para uma jornada de absoluto sucesso. Rachel de Queiroz – senhora das nossas letras que escreveu, viveu e, portanto; fez muita história. Lá se vão 100 anos desde que chegou a este mundo em 17 de novembro de 1910. E lá se vão 7 anos desde a sua partida em 04 de novembro de 2003.
A cadeira ficou vazia, a literatura só deu um parêntesis, mas a obra de Rachel segue paralelamente ao nosso tempo, incitando releituras, sugerindo leituras e permitindo a esses aventureiros de suas palavras, dar alguns passos em seu misterioso Caminho de Pedras, por onde ela soube, melhor que ninguém, se transformar em escritora e acima de tudo, em nossa grandiosa Senhora das Letras. (P.B.J)

sábado, 13 de novembro de 2010

HISTÓRIA DE UM CERTO LIVRO DE LEITURAS

Meu primeiro dia na escola foi por certo uma incrível aventura. Na verdade, àquela altura, eu já estava de certo modo na escola fazia algum tempo. Primeira professora, minha irmã Marina, sempre envolvida com seus livros, revistas e recortes sem fim. Esse convívio evidentemente me deu gosto também pelos livros, revistas e alguns recortes bem tortos. Mas o fato é que minha ida para a escola foi apenas a aventura do caminho, porque eu já sabia ler e escrever um pouco. O caminho sim, aquele estradão empoeirado praticamente cercado de eucaliptos em sua extensão por onde a charrete era puxada pelo cavalo. Foram tantas idas e vindas... Mas e escola estava lá com sua aparente imponência e aquela criançada em centenas, coisa que eu até então não tinha nunca visto. De guarda-pó branco e com óculos para corrigir um desvio na visão, se fosse hoje, acho que eu seria um autêntico Nerd. A primeira professora da escola, Aydêe Cherobim Comin e o primeiro professor, Reinaldo Lourenço. Foi com eles que meu aprendizado seguiu, entre cadernos, cartilha, livros e folguedos de recreio. O tempo se foi...O Grupo Escolar General David Carneiro ficou para trás, assim como muitas lembranças de uma Palmeira praticamente ainda, na época, um pedaço do Brasil Império. Mas se as lembranças vão para a mente e o coração, o meu livro de leitura, Alvorada, o primeiro, ficou bem guardado por aqui. Simples e com textos bem selecionados, o livro de leitura e interpretação de textos de então era algo fantástico e simples pra mim. Recordo que a ordem da professora era que só se poderia ler os textos na medida em que as aulas sobre os mesmos avançassem. Me daria muito mal, mas...em dois dias li tudinho! O interessante hoje, é que o meu livro continua com a mesma capa plastificada que minha irmã se encarregou de fazer na época e com seus recortes, ainda está lá a figura de um menino e seu cãozinho. O garoto segura alguns jornais e talvez a sugestão tenha sido um tanto oportuna ou visionária. Não nego minha paixão pelos cães e muito menos pelos jornais.... Quando partimos naquele 1965, uma vida pacata e tranqüila ficaria para trás e abrir-se-ia um novo tempo, com nova escola, novos amigos e novas surpresas... Não foi pra menos que em minha caderneta e neste livro, o professor Reinaldo fez questão de grifar algumas palavras. Como se observa, não se trata de mais um livro de estudos, mas sim de um livro que diz tudo, desde sua capa criada pela sensibilidade de minha irmã, passando pelo seu conteúdo que reúne nomes hoje, a maioria desconhecidos mas acima de tudo, pela sua fiel companhia ao longo desses 45 anos onde minha aventura de vida sempre foi esplêndida. Preservo a obra por se tratar do meu “diário de bordo” nessa aventura de vida, de aprendizado, de escritos que me surpreendem, de imagens gravadas na alma, de pessoas inesquecíveis e de sonhos que ainda latejam nos confins do meu âmago. O estradão de outrora ainda me faz parar no tempo para recordar as idas e vindas, inclusive uma das quais a pé, pelo meio do estradão, porque nas beiradas, as cobras ficavam à espreita e ainda que com o coração pulando, com os ouvidos recebendo o chacoalhar do guizo de uma cascavel, lá me fui, heróico menino no que foi, com toda certeza a primeira aventura de coragem, para desespero de minha mãe e claro, um certo orgulho de meu pai. Divido assim com estas palavras este relato de uma passagem que simplesmente envolve um livro antigo de estudos, que preserva em suas páginas amareladas aqueles textos e poesias de gente que viveu suas aventuras também e que com elas ou através delas, ajudaram a abrir alguns caminhos por onde pude seguir sempre ao encontro das palavras, neste imenso quebra-cabeça de frases soltas que ao final, produzem uma nova história de existir. A seguir, reproduzo um dos textos contidos no meu livro. Cena da roça O sol descamba orgulhoso, Por trás do cerro altaneiro... Ouve-se, ao longe, o tropeiro Soltar um canto saudoso. Um cão de pelo lustroso Fareja, alegre, ligeiro, O dono, um moço trigueiro, Que anda a caçar, descuidoso. Da horta, abrindo a cancela, Surge o bom velho, sorrindo, Ao ver a neta à janela. O dia à noite se unindo... À luz do sol, uma estrela... Que quadro aquele tão lindo! Julieta de Mello Monteiro (1863-1928)
Escritora e editora, natural de Porto Alegre (RS). Fundou o periódico “O Corymbo”, primeiro da imprensa feminina no sul do país, em 1885. Além de colaborar para outros periódicos, escreveu poesias e contos, e criou ainda, a revista A Violeta. Pertenceu a Sociedade Paternon Literário.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

CÓDIGO DOS ÍNDIOS AMERICANOS

1 - Levante com o Sol para orar. Ore sozinho. Ore com freqüência. O Grande Espírito o escutará se você, ao menos, falar. 2 - Seja tolerante com aqueles que estão perdidos no caminho. A ignorância, o convencimento, a raiva, o ciúme e a avareza originam-se de uma alma perdida. Ore para que eles encontrem o caminho do Grande Espírito. 3 - Procure conhecer-se, por si próprio. Não permita que outros façam seu caminho por você. É sua estrada e somente sua. Outros podem andar ao seu lado, mas ninguém pode andar por você. 4 - Trate os convidados em seu lar com muita consideração. Sirva-lhes o melhor alimento, a melhor cama e trate-os com respeito e honra. 5 - Não tome o que não é seu. Seja de uma pessoa, da comunidade, da natureza ou da cultura. Se não foi ganho nem foi dado, não é seu. 6 - Respeite todas as coisas que foram colocadas sobre a Terra. Sejam elas pessoas, plantas ou animais. 7 - Respeite os pensamentos, os desejos e as palavras das pessoas. Nunca interrompa os outros nem ridicularize, nem rudemente os imite. Permita a cada pessoa o direito de expressão pessoal. 8 - Nunca fale dos outros de uma maneira má. A energia negativa que você coloca para fora, no Universo, voltará multiplicada a você. 9 - Todas as pessoas cometem erros. E todos os erros podem ser perdoados. 10 - Pensamentos maus causam doenças da mente, do corpo e do espírito. Pratique o otimismo. 11 - A Natureza não é para nós, ela é parte de nós. Toda a natureza faz parte da nossa família Terrena. 12 - As crianças são as sementes do nosso futuro. Plante amor nos seus corações e ágüe com sabedoria e lição de vida. Quando estiverem crescendo, dê-lhes espaço para que cresçam. 13 - Evite machucar os corações das pessoas. O veneno da dor causada a outros retornará a você. 14 - Seja sincero e verdadeiro em todas as situações. A honestidade é o grande teste para a nossa herança do Universo. 15 - Mantenha-se equilibrado. Seu mental, seu espiritual, seu emocional e seu físico, todos necessitam ser fortes, puros e saudáveis. Trabalhe o seu físico para fortalecer a sua mente. Enriqueça o seu espírito para curar o seu emocional. 16 - Tome decisões conscientes de como você será e como reagirá. Seja responsável por suas próprias ações. 17 - Respeite a privacidade e o espaço pessoal dos outros. Não toque as propriedades pessoais de outras pessoas, especialmente objetos religiosos e sagrados. Isso é proibido. 18 - Comece sendo verdadeiro consigo mesmo. Se você não puder nutrir e ajudar a si mesmo, você não poderá nutrir e ajudar os outros. 19 - Respeite outras crenças religiosas. Não force suas crenças sobre os outros. 20 - Compartilhe sua boa fortuna com os outros. Participe com caridade. Extraído do livro "O Sucesso está no Equilíbrio", de Robert Wong.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

ECOAM NO ESPAÇO OS LATIDOS DE FLETCHER

Ele apareceu por um desses acasos que a vida proporciona. Chegou miudinho, quase como um bichinho de pelúcia. Sua vinda deu-se em função de que na época, meu cachorro Alf, embora com uma tentativa, não pode ficar comigo na casa de minha irmã. Alf era bravo e, além disso, um ambiente diferente do que estava acostumado também não seria o ideal. Assim, minha irmã decidiu me presentear com um novo parceiro e foi o que aconteceu há mais de 16 anos. De bate - pronto lhe dei o nome de Fletcher e assim, ele viveu ali por estes longos 16 anos e 8 meses, sempre dono do território, dividindo espaço, primeiramente com a fêmea pastora “Star” e depois, com a fêmea pastora “Tifany” e mais recentemente com o esguio “Marley”. Fletcher superou as expectativas, já que a maioria dos cães parte muito antes dos 12 anos de vida. Primeiro era Fletcher, que ganhou o apelido de “Fletico”, depois de “Lico” e mais recentemente, carinhosamente de “velhinho”. Já andava meio ranzinza, o que é natural e de repente, lá se foi o nosso Fletcher para o mundo dos cães em outra dimensão. Deixou saudades! Muitas saudades afinal, 16 anos refletem uma longa jornada de vida e é claro que a partir de agora, a rua ficou um pouco mais vazia sem a sua presença e um pouco mais silenciosa sem os seus latidos de praxe. Os cães chegam e se vão muito cedo! Chegam e nos cativam por serem como uma bola de algodão e depois, porque passam a integrar a família do jeito que melhor lhes compete. A fidelidade, o carinho, o amor incondicional que aliás; muitos de nós precisamos aprender como realmente funciona. Mas Fletcher (o fabricante de flechas) passou por aqui, deixou suas marcas, viveu suas dores, curtiu alguns momentos de solidão, sorriu com o balançar do rabo e lançou ao espaço uma canção toda sua, pelas notas graves e agudas de seu latido que ora ecoa pelo espaço. Que o bom Deus lhe dê um confortante lugar por onde estiver e que o “Fletico” saiba que nós, todos nós, sentiremos muito a sua ausência e o levaremos conosco em lugar sempre especial no coração.(P.B.J)

terça-feira, 26 de outubro de 2010

A LIÇÃO DO GINECOLOGISTA - UM JEITO SIMPLES DE SALVAR UMA VIDA!

Estamos em meio a uma torrente de mensagens eletrônicas que a cada dia entopem nossas caixas de correio. De propagandas diversas , ofertas de serviços, passando é claro pelas mensagens pessoais até se chegar a dezenas de mensagens em PPS, correntes entre outras que fogem a todas as regras do bom senso. Pois bem, neste grande rio de mensagens, só nos resta “garimpar” para encontrar coisas que realmente valham a pena e possam, de alguma maneira contribuir para uma vida social melhor. Nesta garimpagem que já virou rotina diária, encontrei A LIÇÃO DO GINECOLOGISTA, que chegou em momento mais que oportuno, já que nestes tempos de campanha política, o aborto entrou na pauta sorrateiramente e, apesar das acusações entre candidatos, segue sendo praticado todos os dias em todas as regiões desse imenso Brasil. Mas como sempre existe uma luz no fim do túnel, espero que A LIÇÃO DO GINECOLOGISTA possa, de alguma maneira, fazer com que algumas pessoas desistam dessa terrível idéia e permitam assim, que a vida possa premiar um novo ser que tem todo direito em vislumbrar as maravilhas desse planeta. Vamos à mensagem: A LIÇÃO DO GINECOLOGISTA Uma mulher chega apavorada no consultório de seu ginecologista e diz: - Doutor, o senhor terá que me ajudar num problema muito sério. Este meu bebê ainda não completou um ano e já estou grávida novamente. Não quero filhos em tão curto espaço de tempo, mas num espaço grande entre um e outro... O médico então perguntou: Muito bem.. O que a senhora quer que eu faça? A mulher respondeu: Desejo interromper esta gravidez e conto com a sua ajuda. O médico então pensou um pouco e depois de algum tempo em silêncio disse para a mulher: Acho que tenho um método melhor para solucionar o problema. E é menos perigoso para a senhora. A mulher sorriu, acreditando que o médico aceitaria seu pedido. Ele então completou: Veja bem minha senhora, para não ter que ficar com dois bebês de uma vez, em tão curto espaço de tempo, vamos matar este que está em seus braços. Assim, a senhora poderá descansar para ter o outro, terá um período de descanso até o outro nascer. Se vamos matar, não há diferença entre um e outro. Até porque sacrificar este que a senhora tem nos braços é mais fácil, pois a senhora não correrá nenhum risco... A mulher apavorou-se e disse: Não doutor! Que horror! Matar uma criança é um crime! Também acho minha senhora, mas me pareceu tão convencida disso, que por um momento pensei em ajudá-la. O médico sorriu e, depois de algumas considerações, viu que a sua lição surtira efeito. Convenceu a mãe que não há menor diferença entre matar a criança que nasceu e matar uma ainda por nascer, mas já viva no ventre materno. O CRIME É EXATAMENTE O MESMO!!!!!
Se você digitar no Google "Aborto", no ícone
imagens, vai dar de cara com fotos nada agradáveis
a respeito do tema em questão.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

CAMINHOS DA VIDA

Caminhos da Vida (René Juan Trossero) Quando cortas uma flor para ti, começas a perdê-la...
porque murchará em tuas mãos e não se fará semente para outras primaveras. Quando aprisionas um passarinho para ti, começas a perdê-lo...
Porque não mais cantará no bosque para ti nem criará outros passarinhos em seu ninho. Quando exiges mudanças nas pessoas que amas, começas a perdê-las...
Porque cada pessoa é única no mundo e ninguém pode ser ou viver a vida do outro. Quando guardas teu dinheiro sem gastá-lo, começas a perdê-lo...
porque o dinheiro não vale por si,mas pelo o que com ele se pode fazer. Quando não arriscas tua liberdade para tê-la, começas a perdê-la...
porque a liberdade que tens se comprova quando te atiras optando e decidindo. Quando não deixas partir o teu filho para a vida, começas a perdê-lo...
porque nunca o verás voltar para ti livre e maduro. Aprende no caminho da vida a paradoxal lição da experiência:
sempre ganhas o que deixas e perdes o que reténs.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

REVIVENDO PINCELADAS DE KRØYER

Me pego diante de um entardecer preguiçoso observando através da janela a serra distante e límpida. Esqueço do tempo, das horas e das tarefas que me esperam e me permito embarcar numa dessas viagens tão rápidas que só a mente consegue proporcionar e regresso talvez em alguns poucos minutos. A cena é única e rara nestes tempos em que muita gente ruma para o litoral e assim, deixam as praias constantemente abarrotadas, tanto de pessoas quanto de muito lixo. Mas a minha cena é a praia vazia, deserta mesmo, por onde eu caminho nestas frações de segundos da mesma maneira que já o fiz por algumas vezes. Uma jornada ouvindo o quebrar das ondas, sentindo a brisa tocar o rosto e volta e meia deixar a visão vislumbrar a perfeição do vôo de uma gaivota. Pronto! – Estou de volta a esta realidade de uma tarde em que o trabalho exige sua seqüência e onde me deixo reservar na mente mais uma dessas raras oportunidades na forma exata de um planejamento sem data marcada. As horas galopam, as tarefas são concluídas e agora, me permito abrir os portais da Internet e viajar por ai, talvez na busca de algo novo, inusitado ou curioso. Clico aqui e ali e de repente lembro de uma antiga canção do Walter Franco, lá dos anos 80 e decido procurar a letra para ver se ando cantando corretamente. A letra surge na tela e com ela vem de brinde um vídeo que me faz parar outra vez para imaginar “toda a beleza do mar”. Assim, decido que vou “pendurar” a letra por aqui bem como o vídeo, mas é preciso uma imagem de um barco a vela, já que o titulo da canção de Cid e Walter Franco é “Vela Aberta” e vela aberta realmente incita em navegar por horizontes desconhecidos. Clico outra vez aqui, ali e acolá e de repente deparo com uma pintura que me captura sem piedade. Abduzido pela cena fico com os olhos parados observando. Quem seriam as duas damas passeando naquela praia? O texto daquele portal todo em dinamarquês... E agora? Ah! Lembrei das ferramentas de tradução do Google e não tive dúvidas, consegui levantar alguma coisa importante. Tudo começou com meu olhar na serra, minha mente na praia, meus afazeres, a música do Walter Franco e agora, estou eu na Dinamarca, confuso naquela linguagem que me parece misturar inglês com alemão e por ai vai. Mas nós, aventureiros do tempo, não podemos parar a jornada por causa de detalhes tão pequenos. A tela com as damas está aqui, diante dos meus olhos, com toda a sua história e a história do talento de mais um desses gênios da pintura que poucos já ouviram falar. Pois bem; a obra intitula-se “Noite de Verão no Sul da Praia de Skagen” e o autor, Peder Severin Krøyer a pintou no já tão distante 1893. Volto a minha pergunta: Quem seriam as duas damas da pintura? Foi difícil confesso, mas descobri se tratar de Anna Ancher e Marie Krøyer, esposa do artista. Anna era esposa de um amigo de Peder, o também artista Michael Ankers. Peder nasceu em 23 de julho de 1851 e viveu até 21 de novembro de 1909, período em que escreveu sua história sempre movido pela paixão. Isso o transformou num líder não oficial de um grupo de artistas dinamarqueses e de outros países nórdicos que viveram, trabalharam ou se encontravam na cidade de Skagen, na Dinamarca. Conhecido como P.S. KrØyer, o artista fez muitos registros através de cenas de praias onde mostra tanto a vida recreativa dos banhistas como a vida dos pescadores. Muitos dos seus trabalhos integram a coleção permanente do Museu Skagens que é dedicado à comunidade de artistas, incluindo aqueles que se reuniram em torno de Krøyer. Agora, aprecie você também a beleza da tela e se deixe levar por sua viagem particular, porque eu devo confessar que minha jornada por hoje foi gratificante, embora cansativa. Vou recompor as energias e ativar a mente. Logo, estarei navegando outra vez neste meu “barco a vela” que tem a capacidade de singrar os oceanos da alma.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

NADA COMO O TEMPO

NADA COMO O TEMPO
- Mário Quintana -
"Com o tempo, você vai percebendo que, para ser feliz com uma outra pessoa você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela... Você aprende a gostar de você, a cuidar de você, principalmente, a gostar de quem também gosta de você. O segredo é não correr atrás das borboletas... é cuidar do jardim para que elas venham até você. No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando... mas quem estava procurando por você!"

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

RETRATO FALADO

EU
-Vanessa Kopp Arantes Agria-
Eu sempre quis ser o sol para irradiar o dia... Mas nunca reparei que uma brecha de luz Fosse taõ importante Eu sempre quis ser a lua de uma bela noite Mas nunca reparei que uma pequena estrela Fosse tão formosa Eu sempre quis ser o Mundo Mas eu nunca reparei que eu sou importante do jeito que sou E de certa forma sou o mundo de alguém SOU FELIZ !SOU EU MESMA !
Confira o magnífico texto a respeito de RETRATO FALADO no blog de INAMAR

terça-feira, 17 de agosto de 2010

ESTAR COM VOCÊ

Estar com Você
- Julia Guiran -
Vou com você ... Ao teu lado Para onde for. Assim seguindo, nossa vida Das batalhas perdidas, juntos Brotam mais forte Nossos caminhos no amor. Vou com você, sorrindo sempre Sepultando as dores com raminhos de flores Nada detém o amor e a alegria De estar com você!
- Agosto 2010 -

domingo, 15 de agosto de 2010

ESQUINAS

ESQUINAS
-Pedro Brasil Jr-
Se me perguntar por onde tenho andado simplesmente direi que fui até à esquina! Uma dessas esquinas onde o tempo descansa sorrateiro. Uma dessas esquinas aonde a gente chega e desconhece o próprio destino. Mas que importam as esquinas se a vida é feita de entroncamentos? Giro meu olhar num círculo perfeito como já o fiz tantas vezes ali. O mesmo céu, as mesmas árvores, talvez os mesmos pássaros, os mesmos cães vadios... Mas a voz da alma jamais muda e seu apelo leva-me sempre até aquela esquina. Já me peguei em silêncio ali mesmo, olhando um vazio tão cheio de cenas. A imensa tela da vida com suas bruscas pinceladas, sejam nas manhãs frias, nas tardes inebriantes ou nas noites por onde os segredos voam disfarçados de mochos. Ah! Dá vontade de cuspir palavras, mas minha voz é puro silêncio! Consigo apenas falar comigo mesmo e isso, apesar de estranho, muitas vezes é um tanto esclarecedor. Como esclarecedor termina em “dor”, a dor maior se extingue como uma nuvem qualquer. As dores suportadas, pesadas, carregadas de rancores se foram por rumos que pouco interessam. Fica o sorriso e o pensamento leve!.. Fica a vontade de, num toque de magia, mudar algumas coisas, como se muda uma frase num texto qualquer. Mas nas esquinas da vida não se pode mexer. Por elas, passos de todas as magnitudes levam pessoas aos seus rumos rotineiros. Só eu mesmo é que venho até a esquina para espionar o tempo, em seu descanso curioso. Mas os ponteiros dos relógios seguem a galope,
seja no raiar do sol ou na miragem dos primeiros
holofotes. A noite embala os sonhos, a esquina fica vazia
e os mochos são agora verdadeiras extensões
dos postes. Outra vez na esquina, espiando as cenas da
grande tela e, se um descuido permitir, mergulhar
num olhar de menina. Mas esta é outra história!... - São José dos Pinhais – 15 de Agosto/2010 -

sexta-feira, 11 de junho de 2010

PARA UMA CERTA SOFIA DE MELO

As pessoas sensíveis Sofia de Melo Breyner Andresen (Porto, 6 de Novembro de 1919 — Lisboa, 2 de Julho de 2004) As pessoas sensíveis não são capazes De matar galinhas Porém são capazes De comer galinhas O dinheiro cheira a pobre e cheira À roupa do seu corpo Aquela roupa do seu corpo Que depois da chuva secou sobre o corpo Porque não tinham outra Porque cheira a pobre e cheira A roupa Que depois do suor não foi lavada Porque não tinham outra "Ganharás o pão com o suor do teu rosto" assim nos foi imposto e não: "Com o suor dos outros ganharás o pão" Ó vendilhões do templo Ó construtores Das grandes estátuas balofas e pesadas Ó cheios de devoção e de proveito Perdoai-lhes Senhor Porque eles sabem o que fazem Livro Sexto – 1962 –Lisboa – Livraria Morais Editora Sofia de Melo fez-se poeta já na sua infância, quando, tendo apenas três anos, a ela foi ensinada "A Nau Catrineta" de Armando Ferreira: - "Havia em minha casa uma criada, chamada Laura, de quem eu gostava muito. Era uma mulher jovem, loira, muito bonita. A Laura ensinou-me a "Nau Catrineta" porque havia um primo meu mais velho a quem tinham feito aprender um poema para dizer no Natal e ela não quis que eu ficasse atrás… Fui um fenómeno, a recitar a "Nau Catrineta", toda. Mas há mais encontros, encontros fundamentais com a poesia: a recitação da "Magnífica", nas noites de trovoada, por exemplo. Quando éramos um pouco mais velhos, tínhamos uma governanta que nessas noites queimava alecrim, acendia uma vela e rezava. Era um ambiente misto de religião e magia… E de certa forma nessas noites de temporal nasceram muitas coisas. Inclusivamente, uma certa preocupação social e humana ou a minha primeira consciência da dureza da vida dos outros, porque essa governanta dizia: «Agora andam os pescadores no mar, vamos rezar para que eles cheguem a terra» (…)."

sábado, 29 de maio de 2010

LIRA DOS SETENTA

“...mas agora, nesta primeira grande ruptura de minha maturidade, sinto que os limites de minha arte e de minha vida se aprofundam imensamente com essas lembranças. Como se fossem reconstruídas em pensamento”
(Justine – 1º vol de “O Quarteto de Alexandria” – Laurence Durrel).
LIRA DOS SETENTA
-Rita de Cássia de Amorim Andrade- Ao longo desta vida as velhas lembranças são como velhas histórias contadas por velhos sábios, tão distantes de mim estão! Das mais recentes, são as rupturas as que mais me comovem. A morte de ALONSO: às vezes, a mente se confunde, e penso que ele estará de volta a qualquer momento. Depois, a mente se aclara e o sonho se desfaz. E a ruptura dos vivos? Quem se foi sem dar adeus? Alguém, talvez, que teve medo de dizer “adeus”? Existe alguém que se esqueceu de dizer adeus? Todos os amigos estão por perto? Não falta ninguém? Nem sempre a ausência de um amigo significa ausência de amizade. Digo “amigos”, porque são partes de mim própria. São células, quase sempre sadias, que se desprendem do meu corpo pela força do destino. Retornar-se-iam? Não sei, mas são pedaços de minha história. São os de corpo e espírito, Vivos ou mortos. E os parentes próximos e menos próximos? Estão correndo pelo meu sangue, não têm como escapar, não os deixo escapar. É também difícil deixar escapar os amigos não consanguíneos. Tenho um prana rente a minha pele, que teima em mantê-los dentro dessa atmosfera individual, como os corpos terrestres, cuja camada atmosférica não nos deixa cair no vazio do espaço. Assim, segue o meu tempo de humana, até quando, não sei. Como esses 70 anos são de uma vida bem vivida, tenho que celebrar com champanhe e velas perfumadas. Levantar a taça aos que estão próximos e aos que estão distantes. Teresina, 02 de dezembro de 2009

quarta-feira, 26 de maio de 2010

QUANDO ENVELHECER VOU USAR PÚRPURA

AVISO - Jenny Joseph - * Escritora inglesa nascida em Birminghan em 07 de maio de 1932 Quando envelhecer vou usar púrpura com chapéu vermelho, que não combina nem fica bem em mim. Vou gastar a pensão em uísque e luvas de verão e sandálias de cetim - e dizer que não temos dinheiro para a manteiga. Vou sentar na calçada quando me cansar e devorar as ofertas do supermercado, tocar as campainhas e passar a bengala nas grades das praças e compensar toda a sobriedade da minha juventude. Vou andar na chuva de chinelos, apanhar flores no jardim dos outros e aprender a cuspir. A gente pode usar camisas horríveis e engordar, comer um quilo de salsichas de uma vez ou só pão com picles a semana inteira e juntar canetas e lápis e bolachas de cerveja e coisas em caixinhas. Mas agora temos que usar roupas que nos deixem secos, pagar aluguel, não dizer palavrão na rua e ser bom exemplo para as crianças. Temos de ler o jornal e convidar amigos para jantar. Mas quem sabe eu devia treinar um pouco agora? Assim os outros não vão ficar chocados demais quando de repente eu for velha e usar vestido púrpura.

A VELOCIDADE DE ALMA

Um viajante, ansioso para chegar logo ao seu destino no coração da África, pagava um salário extra para que os seus carregadores nativos andassem mais rápido. Durante vários dias, os carregadores apressaram o passo. Certa tarde, porém, todos sentaram-se no chão e depositaram seus fardos, recusando-se a continuar. Por mais dinheiro que lhes fosse oferecido, os nativos não se moviam. Quando, finalmente, o viajante pediu uma razão para aquele comportamento, obteve a seguinte resposta: "Andamos muito depressa e já não sabemos mais o que estamos fazendo. Agora precisamos esperar até que nossas almas nos alcancem". Nota: Pura sim, a alma que legou o texto. Pena que a autoria esteja completamente desconhecida. Mas se você porventura souber quem foi o autor, por favor, me informe.

sábado, 24 de abril de 2010

DESEJOS

DESEJOS -Pedro Brasil Jr - Os instantes estão cada vez mais distantes Inquietantes esses ponteiros do relógio De sobressalto recordo que o tempo existe! O silêncio é pura intensidade E com ele toda minha verdade aflora Como talos de flor-de-ipê, Que silenciosas nascem e a gente nem vê A noite brilha lá fora com seu lençol de estrelas E minha memória recupera instantes de outrora Doce aurora com o Sol imponente Afinal, cada dia tem seu próprio esplendor Minha dor eram dores Que de um plural as tornei tão singular E eis-me aqui, agora, ouvindo meu próprio coração Tento lembrar de você, que jamais conheci Estranho? Estranho sou eu, invadindo o sonho teu Não importa! De todo modo, abri a porta do tempo E com o vento me fui ao teu encontro Em algum horizonte perdido Seus lençóis azuis amarrotados Suas vestes lilás de qualquer jeito A profundidade do teu sono perfeito Estou aqui! E quem será você? Minha fabulosa estrela radiante Minha criação estonteante Decido parar o tempo Porque nesse instante eu posso. Neste momento eu quero Meu desejo é tão simples Tão puro e cristalino Quase igual a água do meu riacho Olho a maciez da tua pele Um convite para minha aventura E vejo teus poros arrepiar Um toque sutil e maravilhoso Um aroma no ar Teu perfume gostoso A razão se confunde com o sonho Ela sabe a que me proponho E o tempo volta a palpitar Deixo-me pronto à entrega E me envolvo em todo o teu ser Com pinceladas de um grande artista Cada milímetro de você Passando por minhas mãos Cada segundo do que sou Se envolvendo na tua magia Instantes são assim Figuras em silhuetas Sugerindo apenas o que se quer Momentos são assim também Irrigando a alma com desejos que convem E minha vida segue ao léu Com teus olhos com um céu Com teu corpo feito planeta Com meu desejo impresso em meus gametas. Quem é mesmo você?

quinta-feira, 22 de abril de 2010

LEMBRANDO CECÍLIA

CANÇÃO - Cecília Meireles - No desequilíbrio dos mares, as proas giram sozinhas... Numa das naves que afundaram é que certamente tu vinhas. Eu te esperei todos os séculos sem desespero e sem desgosto, e morri de infinitas mortes guardando sempre o mesmo rosto Quando as ondas te carregaram meus olhos, entre águas e areias, cegaram como os das estátuas, a tudo quanto existe alheias. Minhas mãos pararam sobre o ar e endureceram junto ao vento, e perderam a cor que tinham e a lembrança do movimento. E o sorriso que eu te levava desprendeu-se e caiu de mim: e só talvez ele ainda viva dentro destas águas sem fim.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

PÉROLA-BUTIÁ

Elementos equidistantes raramente se unem. Se bem que apesar disso, nós, na maioria das vezes conseguimos "teimar" em nos unir ao oposto, só porque alguém um dia disse "que os opostos se atraem". Mas aqui, o mundo é poesia, da poesia e para a poesia. A poesia é o caminho e o poeta o caminhante aventureiro, aquele que enxerga com o coração, que vai direto à essência de tudo o que é essencial e puro para a vida. Não dessa vida tão cheia de dissabores e de tantas coisas erradas.Mas daquela vida simples, que o poeta cria dentro de sí como a ostra, ferida ou irritada, cria sua magnífica pérola. Assim, em razão dessa "teimosia", Clarice Villac conseguiu unir duas coisas extremamente opostas em cena inimaginável. Nasceu "Pérola-Butiá", mais que uma poesia, uma verdade que transforma o fruto numa jóia rara, tão rara quanto o coração da poetisa e tão sugestiva quanto a foto da sensível Maria de Fátima Barreto Michels afinal, o fotógrafo é, por conta de sua observação, o grande poeta das cenas, das imagens, do flagrante que será eternamente único como única é a alma de quem conhece os misteriosos caminhos da existência. Pra vocês, a seguir, "Pérola-Butiá", a poesia da Clarice Villac com um toque todo especial. (P.B.J) Pérola Butiá - Clarice Villac - Vem de mãos caprichosas A toalha de crochê, delicada. Na mesa da artista criativa Encontra a concha perfeita, Antiga morada de um bichinho feliz Que agora, depois de muito viajar, Acolhe o pequeno butiá Pra brincar de fruto do mar ! - 01/04/2010-