sábado, 19 de fevereiro de 2011

O CARTÃO DA SEMANA - O NÚMERO 05

Atravessando o seu deserto
- Pedro Brasil Jr -
Há os que atravessam o deserto verdadeiro. O sol e as estrelas como relógio. A solidão como parceira insólita. A esperança no palpitar da incerteza. Os sonhos que se misturam aos pesadêlos. Mas eles seguem, silenciosos na imensidão do silêncio absoluto. Para onde vão? De onde vem? O que almejam? Só no palpitar de seus corações é que se revelam tais segredos. Homens azuis, mercadores com a pele queimada, camelos sedentos... E eles seguem ouvindo o coração da Terra!
Mas há também os que atravessam outros desertos!.. Sem areia, sem o silêncio, sem as incertezas de uma jornada pela areia.
São os solitários das metrópoles que a tudo e a todos engolem. Solitários que suspiram nas janelas de seus apartamentos enquanto deixam seus olhos vislumbrar os efeitos das luzes de neon. Solitários perdidos em meio à multidões, à procura de um rosto, de um gesto, de uma palavra apenas... São dois pólos de existência! Um deles não tem caminho, não tem rua, não tem estrada, muito menos placas indicativas. E aqueles solitários, solidários em seus dromedários atravessam calmos e serenos. Depois regressam como se o tempo todo estivessem orando.
No outro, todas as indicações se misturam num embaralhar de luzes e de ilusões.
Ilusões perdidas nos bares da vida, nas esquinas suspeitas, nas armadilhas que aniquilam a esperança.
Se por lá eles seguem em meio a um desafio de silêncio, aqui seguimos na zoeira indecifrável dessa mistura de gente empastada, apressada, impaciente, revoltada, esquizofrênica, assalariada e infeliz.
Lá eles tem quase nada e agradecem a Deus. Sorriem felizes, afinal de contas, eles têm vida. Aqui, o que se detém é pouco. Se deseja mais, se dorme menos, se escraviza às contas, aos cartões, à volúpia do TER e se deixar ir sem orações, sem agradecimentos, sem a mínima chance de realmente viver e de ser um mínimo feliz.
Qual o melhor deserto a atravessar?
(*) Publicado originalmente na Usina de Letras www.usinadeletras.com.br
Uma ótima e proveitosa semana a todos vocês, com muita Luz, muita Paz e que o seu coração palpite ao ritmo do coração do Universo.

QUEM DISSE QUE VASSOURA É COISA DE BRUXA?

Não se sabe ao certo quando foi e quem foi que inventou essa relação de vassoura com o vôo das bruxas. Se a gente analisar friamente, uma vassoura não possui absolutamente nada que tenha algo a ver com aerodinâmica. Mais uma fábula ou crendice popular, da mesma maneira que os antigos afirmavam que crianças que brincavam de cavalgar em vassouras jamais seriam felizes. Tem ainda a superstição de que não se deve varrer a casa à noite, porque isto acaba com a tranqüilidade do lar. E tem também quem afirme que se guardar uma vassoura atrás da porta com o cabo para baixo, isto fará com a gente se livre de visitas indesejáveis. Se fizer o mesmo com o cabo para cima, evitam-se desgraças. Eu acho que esta última somente acaba com a vida útil desse objeto que se faz presente em toda casa. Já a relação vassoura e bruxa, tão aproveitada nas animações que o cinema e a tevê já exibiram têm uma curiosidade que pouca gente conhece. Conta-se que certa ocasião, durante um velório, as pessoas chegavam para solidarizar os parentes do morto e por ali ficavam um certo tempo para prestar a última homenagem. Verdade que as horas iam avançando e a madrugada sorrateira imprimia a todos certo cansaço. Sentado numa cadeira, driblando o sono, Gerard Depardieu se distraia observando uma negra que, mal humorada, varria o recinto, sem se preocupar com a tristeza dos outros. Depardieu percebendo o mau humor da mulher tenta puxar conversa com ela, que insiste em reclamar da má qualidade da vassoura. Ele a ouve com atenção e tenta argumentar em favor do objeto. É isto mesmo; antes da fama, Depardieu era um grande vendedor de vassouras e a negra em questão, era ninguém menos do que Woopi Goldberg, faxineira de necrotério durante um bom tempo.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

O PREÇO DAS VIOLETAS

Abraham Lincoln visitava uma feira quando, ao perguntar o preço de um ramo de violetas, surpreendeu-se quando a vendedora pediu-lhe 10 dólares pelas flores. Tomando suavemente a mão da mocinha Lincoln perguntou-lhe: “-Como você chama esta parte do seu corpo?” “-Ora, o meu pulso, Sr. Lincoln!” “-Ainda bem”, exclamou Lincoln. “Do jeito que as coisas subiram por aqui, pensei que fosse o seu tornozelo!”

VISLUMBRE

a porta aponta aparece aperceber-se do quase possibilita a passagem – preparação Clarice Villac 14.02.2011

domingo, 13 de fevereiro de 2011

O CARTÃO DA SEMANA - O NÚMERO 04

A semana começa na segunda! A gente em rítmo de primeira... Na terça...que vontade fosse sexta!.. Na sexta...vou deixar isto para segunda!.. E o fim de semana promete!... Começa mais uma semana em nossas vidas e a cada um de vocês que aqui chegar, o meu desejo de realizações, de grandes encontros, de ótimos soluções. E um pedido: faça um pouco mais do que está ao seu alcance. Você pode, você deve fazer e assim, juntos, melhoramos um pouco mais a vida e o mundo. Só se ergue uma construção tijolo sobre tijolo! (*)Sawabona a todos vocês!!!! (*) SAWABONA, é um cumprimento usado no sul da África que quer dizer "EU TE RESPEITO, EU TE VALORIZO, VOCÊ É IMPORTANTE PRA MIM". Em resposta, as pessoas dizem SHIKOBA que é "ENTÃO EU EXISTO PRA VOCÊ".

CHEIRO DA TERRA

CHEIRO DA TERRA
- Pedro Brasil Jr -
Chuva rápida! Cheiro da terra que exala. Torpor nas narinas ativando o cérebro. Arquivos mortos que ressuscitam e me atiram ao passado como se fosse uma flecha. Janela antiga!... Tarde de chuva.... O mesmo cheiro, o mesmo torpor. Só o tempo já não é o mesmo... Quantos anos se passaram? Quantas mudanças aconteceram? Nem a janela já existe. Estruturas perdidas em ferro velho. Vidros quebrados pelos vândalos. Histórias que simplesmente evaporaram. Daquela rua praticamente todos se foram. Com suas páginas escritas, com suas lembranças marcadas na alma. O cheiro da terra depois da chuva também evaporou. Só ficaram esses arquivos mortos que às vezes ganham vida outra vez. Eles descansam enquanto a gente cansa. Eles debocham pelo que não fizemos. Eles ressurgem para nos dar o aviso: A vida segue e pode renovar-se nas mais simples recordações. E que chova assim de novo, para que eu possa me deixar levar pela fragrância única que a mistura de água em terra seca produz para dar vida às lembranças que eu achava estarem mortas.
- Curitiba - 27/01/2011 -
*Publicado originalmente na Usina de Letras -

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

THE DOOR OF THE HEART

The painter Holman Hunt had finished his painting "The Light of the World", depicting Jesus Christ in a garden, holding a lantern in his left hand and knocking on a huge closed door with his right.As he unveiled the painting, a visitor approached and remarked: -"This painting isn't finished. There's no lock on the door". -"You're wrong", said Hunt. "This is the door to the human heart. It only opens from the inside".

A PORTA DO CORAÇÃO

O pintor Holman Hunt terminara a tela "A Luz do Mundo", que mostra Jesus Cristo em um jardim, com uma lanterna na mão esquerda, batendo com a mão direita em uma grande porta fechada. Ao apresentar a tela, um circunstante aproximou-se e observou: -"A obra não está completa. Falta o fecho da porta." -"Esta enganado", respondeu Hunt. "Esta porta é a do coração humano. Só se abre por dentro".

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

AVE

Ave!
- Julia Guiran -
Felicidade plena esse amor que me abraça Carinho afugentando de mim, mazelas Circulo de luz essas rosas amarelas Perfume do amor espalha em bênçãos de graça. O paraíso está nos braços da paixão É a paz seguindo seu caminho Voando para juntar carinhos Tocando quem vive em comunhão. Ave a me mostrar o amor No lago sereno onde habita Nada a perturbar suas emoções, A branca cor pousa nos corações Serei assim nos teus braços, bonita Voando baixo com o teu calor.