tag:blogger.com,1999:blog-27113899941651927352024-03-14T03:29:08.108-03:00GUARDIÃO DO PORTALPedro Brasil Jrhttp://www.blogger.com/profile/11852749335438977435noreply@blogger.comBlogger201125tag:blogger.com,1999:blog-2711389994165192735.post-59985361074759691472023-08-18T18:07:00.000-03:002023-08-18T18:07:03.464-03:00ÉRAMOS RIDÍCULOS PORÉM, ROMÂNTICOS<p><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><b>Faz
bom tempo quando, uma ocasião, tive a ideia de mostrar aos meus
filhos um disco vinil dos Pholhas. A minha vontade era, na época,
que eles, de repente, gostassem das canções que, no início dos
anos 70, ainda em minha adolescência, mexeram muito com o
romantismo. Qual foi a surpresa quando, ao observarem a capa do
disco, se estrincharam de tanto rir ao deparar com os trajes dos
integrantes da banda que, aliás; eram as roupas da moda da juventude
de então. Eu sempre digo que “éramos ridículos, mas detínhamos
um romantismo magnífico e verdadeiro”, por isto, acredito eu,
atravessamos todas as fases da história até aqui, preservando esta
joia rara que é olhar tudo com o coração, com a essência mais
pura.</b></span></p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><b>O
disco que eu tinha, nestas idas e vindas da vida, acabou se perdendo,
mas as canções sempre se fizeram presentes, fosse numa velha fita
cassete ou hoje, num pendrive que tem de tudo e vive cansado de
trabalhar naquele rádio do automóvel.</b></span></p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><b>Esse
LP da foto, em minha opinião, foi o que apresentou os maiores
sucessos da banda paulista e eu recordo muito bem que, na época,
eram as mais tocadas nas rádios, lembrando que não existiam
emissoras em FM. Aqui em Curitiba, a rádio mais próxima de uma FM
era a saudosa Rádio Iguaçu.</b></span></p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><b>Os
Pholhas continuam na estrada, com formação diferente da original,
mas seguem trabalhando porque qualquer um de nós sabe muito bem que
os “boletos sempre vencem”.</b></span></p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-qE2eSNxH6rYfgKUDUBbg3WTfILPmsB5Cq32CPAXqif_1EG_M3ZA2iJm8eG3tGlwS2GpseOHeBQ25jqgUTkJPoHfBCjKqhPCsxBYvIdbMMI5wNNpvzmu4dfpk_hui-vJQUajqcOluY81tO-cg1E1gGCbrhDNWUCNc6-TrmtY1z2Q3gZmOCUBGBtecvJI/s1025/PHOLHAS%2001.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><b><img border="0" data-original-height="1025" data-original-width="956" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-qE2eSNxH6rYfgKUDUBbg3WTfILPmsB5Cq32CPAXqif_1EG_M3ZA2iJm8eG3tGlwS2GpseOHeBQ25jqgUTkJPoHfBCjKqhPCsxBYvIdbMMI5wNNpvzmu4dfpk_hui-vJQUajqcOluY81tO-cg1E1gGCbrhDNWUCNc6-TrmtY1z2Q3gZmOCUBGBtecvJI/w373-h400/PHOLHAS%2001.jpg" width="373" /></b></span></a><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><b>Daí
eu fico olhando estes 54 anos desde o lançamento do disco, e me
perco em gratas lembranças, a começar por uma vitrola Phillips onde
a agulha quase furou este disco, depois por um gravador também
Phillips onde muitas fitas se enroscaram, para meu desespero e sem
não esquecer, aqueles domingos mágicos, com macarronada, frago ao
molho, maionese e, à mesa, uma Coca-Cola Família. Pena que minha
irmã Marina já tenha partido, ela que também adorava a banda e,
assim como ela, outras gentes que habitavam nossa casa para “filar
boia”, tocar violão, jogar conversa fora.</b></span></div><p></p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><b>De
repente, como gravou o Lulu Santos, “tudo muda o tempo todo no
mundo” e a gente envelhece, mas jamais esquece as grandes passagens
da existência. Depois? Ah! Depois surgiu uma série de álbuns
intitulados “Autógrafos de Sucessos” com um deles todinho
dedicado aos Bee Gees. Mas esta é outra história!…</b></span></p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><b>P.B.J
– Curitiba, 18/08/2023</b></span></p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><br />
</p>Pedro Brasil Jrhttp://www.blogger.com/profile/11852749335438977435noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2711389994165192735.post-4878495933328786322021-03-10T16:48:00.001-03:002021-03-10T16:48:17.122-03:00GALO ROMEU, ESTUFA O PEITO E CANTA, PORQUE QUEM CANTA SEUS MALES ESPANTA!<p><span style="font-family: arial;"><b>Saudade imensa de ouvir ao amanhecer e em outras horas do
dia aquele magistral canto de um galo. Cantar, para o Galo, coisa tão
natural!...</b></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: arial;"><b>Mas que tempos são esses em que muita gente mergulhou no
tambor do absurdo?</b></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: arial;"><b>Então alguém decide denunciar um galo. O Galo Romeu,
propriedade de uma família lá pela Cidade Industrial. Polícia na porta,
ocorrência inusitada. Eu fico imaginando o que deva ter passado pela cabeça dos
policiais em serviço. Já imaginaram ter que “algemar” o galo e levar o bicho ao
delegado? Coisa de doido, só pode.</b></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: arial;"><b>Bem; os policiais ofertaram orientações à proprietária, e o
galo Romeu segue cantando ora bolas!</b></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: arial;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: arial;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4HqfoaPWLnUmAbAeRuFptD_FPpgPt_GHn2xF-ZU29WGoJRoz7bzAfLsYHjNNKDVIHXGIIvgyOvl9V5RuDZr45BEV_kXGTjTzw32MN7MgicZosg9EeDJrAeJnbvfRPx-ogZLQqoq3J92w/s918/Screenshot_635.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="918" data-original-width="877" height="473" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4HqfoaPWLnUmAbAeRuFptD_FPpgPt_GHn2xF-ZU29WGoJRoz7bzAfLsYHjNNKDVIHXGIIvgyOvl9V5RuDZr45BEV_kXGTjTzw32MN7MgicZosg9EeDJrAeJnbvfRPx-ogZLQqoq3J92w/w452-h473/Screenshot_635.jpg" width="452" /></a></span></div><b style="font-family: arial;">Aqui na minha rua passa um desses carros que o cidadão vende
ovo. No alto falante tem a gravação de um galo com coral de galinhas para
chamar atenção. Propaganda é alma do negócio sempre. Já imaginou se alguém
decide denunciar este pai de família que está trabalhando?</b><p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: arial;"><b>Não estamos mais vivendo num mundo natural. O canto do galo
incomoda, o apito do trem incomoda, a música ali do vizinho incomoda, o casal
homoafetivo que mora em frente incomoda, a família de afrodescendentes incomoda
e até o cocô de um cachorro na grama da frente da casa de um cidadão incomoda
pacas. Tudo incomoda os inconformados com a vida. </b></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: arial;"><b>Já cantava o saudoso Gonzaguinha: “ Viver e não ter vergonha
de ser feliz!”</b></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: arial;"><b>Vive, ora pois, com o cantar do galo, o badalar de um sino,
o apito do trem, a algazarra das crianças... porque um dia, tenha certeza
disso, um dia o silêncio chegará sorrateiro para dividir a tua solidão com as
paredes. Ah! Dirá você solenemente: Que saudade tenho do cantar do galo
anunciando o palpitar da vida lá fora.</b></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: arial;"><b>E tenho dito!!!!</b></span></p>
<p class="MsoNormal"><o:p><span style="font-family: arial;"><b> </b></span></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: arial;"><b>(***) a foto do Galo Romeu “emprestei” ai da Internet.</b></span></p>Pedro Brasil Jrhttp://www.blogger.com/profile/11852749335438977435noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2711389994165192735.post-31000790921607076742021-01-27T21:21:00.000-03:002021-01-27T21:21:18.108-03:00E A MOÇA CONTINUA UMA DELÍCIA<p><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; text-align: justify;">E vejam só como nós fazemos
descobertas inusitadas a respeito da vida. Quando menino, piá bem pançudo
mesmo, descobri que existia o governo, naquele caso, a geladeira GE que ocupava
a cozinha da nossa casa. Ali no GOVERNO era tudo normal dentro das condições,
ou seja; às vezes só trabalhava aquela garrafa de vidro com água e noutras
vezes o lugar ficava entupido de coisas boas. Vai daí que este piá então
pançudo descobriu numa das prateleiras do elefantão a existência de uma
maravilhosa e convidativa lata de Leite Condensado Moça. Mas que moça
deliciosa, no melhor dos bons sentidos, até porque naqueles tempos piá pançudo
nem tinha noção que poderiam existir coisas mais atrativas. Deixa prá lá!...</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Foi então que transformei (acho
que eu era visionário) aquele abrir e fechar de porta do refrigerador num
destes intervalos do SBT quando o locutor diz com voz entonada “de hora em hora
o resultado da Tele Sena”. Mas ali, de hora em hora era uma mamadinha na lata.
Que coisa mais gostosa, uma delícia, um verdadeiro manjar dos deuses de algum
planeta todo açucarado.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg35xy41_tVRlSSksVcYX-X_J7BBVcbljuzO2usRupZATyYHVpMwi9ahMsPc4Tqty-3xmU23kgHG-lh_sGDFhXvDT4hoqeQyT4hKWni9g1iN7dtIpqNKnHfMF66EQrqA1oRgejVmD0CFwI/s720/19+-+MO%25C3%2587A+DELICIA.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="720" height="464" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg35xy41_tVRlSSksVcYX-X_J7BBVcbljuzO2usRupZATyYHVpMwi9ahMsPc4Tqty-3xmU23kgHG-lh_sGDFhXvDT4hoqeQyT4hKWni9g1iN7dtIpqNKnHfMF66EQrqA1oRgejVmD0CFwI/w464-h464/19+-+MO%25C3%2587A+DELICIA.jpg" width="464" /></a></div><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;">Mas aconteceu que o conteúdo
da lata terminou e foi parar todinho na minha vistosa pancinha. A energia
daquele piá de bosta foi aos 220 volts num piscar de olhos ou seria num estalar
de beiços?</span><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Minha mãe, dona Maria Brasil
nem desconfiava do assalto e eis que recebe uma daquelas comadres para um
cafezinho da tarde. Então, topou com a lata vazia e me deu uma olhada de
verdugo. Eu sabia que o doce da vida ia se transformar numa amargura com
vergões de vara de marmelo. Apanhei mesmo e doeu no corpo e na alma.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Por longo período odiei
aquela mulher da latinha. Na verdade odiei o leite condensado por anos. Hoje,
passado pouco mais de meio século desde aquele incidente melado descubro que
meu crime não foi assim tão grave. Viva fosse minha mãe diria a ela o quanto
foi extremamente radical perante atitude tão infantil, daquelas artes que
muitos guris mundo afora também praticaram com sublime inocência. Mas a mulher
da latinha que tão bem resiste ao tempo, sendo hoje acho eu uma velha centenária,
reservou seus requintes de vingança sobre toda uma nação. Hoje o Brasil é um
país doce onde, por incrível que possa parecer, são homens com boa idade que
adoram dar uma chupadinha na famosa latinha da moça que não envelhece. Pelo
menos no rótulo.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18.6667px;">- Pedro Brasil Júnior – 27/01/21</span></span></p>Pedro Brasil Jrhttp://www.blogger.com/profile/11852749335438977435noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2711389994165192735.post-23432133048947253942021-01-27T15:55:00.002-03:002021-01-27T15:55:22.856-03:00BOA NOITE <p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtyWBlh75SuRDcCcBXQ-39pHrb4Ae3dZLTaBv2nYD4lh8phzIHjo6TrWC9v9QqvQ6eEm-pWjbwzrhcSdwQsr7Ca7NT3vr1MfFAtsxiujOfycdFqjgoZPshWw_XXAUWjLMCW5y1IhXW0vU/s960/16+-+BOA+NOITE+-ANDARES+ALHURES+-+PBJ+25+JAN+21.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="539" data-original-width="960" height="316" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtyWBlh75SuRDcCcBXQ-39pHrb4Ae3dZLTaBv2nYD4lh8phzIHjo6TrWC9v9QqvQ6eEm-pWjbwzrhcSdwQsr7Ca7NT3vr1MfFAtsxiujOfycdFqjgoZPshWw_XXAUWjLMCW5y1IhXW0vU/w561-h316/16+-+BOA+NOITE+-ANDARES+ALHURES+-+PBJ+25+JAN+21.jpg" width="561" /></a></div><br /> <p></p>Pedro Brasil Jrhttp://www.blogger.com/profile/11852749335438977435noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2711389994165192735.post-34507822541841655542021-01-27T15:53:00.003-03:002021-01-27T15:53:41.705-03:00AINDA BEM QUE SOMOS FLEX<p><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; text-align: justify;">Primeiro soa o relógio
digital do celular. Depois entra em ação o relógio biológico. Meu corpo se
ressente e minha mente faz a pergunta que virou costume: Quais dores teremos
para hoje?</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Às vezes é o ciático,
noutras ocasiões a coluna e tem aqueles dias em que dói a alma. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Vou ter que sair da cama mesmo?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">E uma doce e sutil voz diz: “Vai
lá e encara a vida de frente!”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Então começa mais um dia com
aquelas trinta e poucas mensagens de “bom dia” no celular. E que o dia seja bom
mesmo!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">O mundo lá fora vive de
pedir um pouco de tudo. Emprego, vacina, água potável, comida, remédios... E o
que incomodam a Deus com isto é coisa de doido. Se por onde vive a Grande Alma
existir um Serviço de Atendimento ao Cliente pode ter certeza de que todas as
linhas vivem ocupadas. Sorte a sua se de repente for atendido em vias assim
diretas. O melhor conselho é procurar os “ouvidores” terrenos que tem sempre
uma carta na manga e um coelho na cartola para operar um suposto milagre a
módicos dez por cento da sua renda. Concorrem furtivamente com o Leão da
Receita que suga com toda pompa parte do suor do seu trabalho e sem cerimônia
alguma. </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhaToLCSbxwYTa5qSpQMW8dBLttCQYsRUfWM7Tlk5g9anSLSGbbB9COZ0Z-VKiP6H70nPTHtmM8n8bgvP-_nrGzVg_OfEG8wWzryfx6-9AFfl0zmTYdiXMBSnjmoV2ME4G_vbzzzw2hnY/s753/17+-+DEUS-+LINHAS+OCUPADAS.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="654" data-original-width="753" height="368" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhaToLCSbxwYTa5qSpQMW8dBLttCQYsRUfWM7Tlk5g9anSLSGbbB9COZ0Z-VKiP6H70nPTHtmM8n8bgvP-_nrGzVg_OfEG8wWzryfx6-9AFfl0zmTYdiXMBSnjmoV2ME4G_vbzzzw2hnY/w424-h368/17+-+DEUS-+LINHAS+OCUPADAS.jpg" width="424" /></a></div><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;">Bem; o dia é de pedir – mais um, aliás – e ouço palmas no portão.
Primeiro um rapaz magricela pedindo cinco ou dez centavos. O que você vai fazer
com tanto dinheiro assim? Pergunto com um sorriso nos lábios. Ele me olha meio
assustado, meio encabulado e fica mudo. Então peço que aguarde e logo lhe trago
uma cédula de dois reais. Sua expressão muda e surge um sorriso leve. Ele
abençoa a atitude e desaparece lá adiante, bem na entrada de um boteco. Lá foi
enganar a fome com a essência da tal “marvada”. E olha; bendita seja a cana que
nos dá o açúcar, o etanol e para muitos a ilusão de estômago forrado.</span><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Pouco depois outras palmas.
Agora um vendedor de alfajor que pertence a uma instituição com nome estranho.
No peito, o “cara-crachá” feito a “pau-a-pique”.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Cada um se vira como pode...<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Hora de abrir aquela gaveta
farmacêutica e decidir entre um Torsilax ou um Dorflex. É meu amigo, depois dos
cinquenta a gente vira “Flex” e pode ser movido a chá, café ou Coca-Cola
afinal, “isso é que é!” e lá vou para os afazeres e compromissos do dia depois
de uma noite de sono inquieto em função das certezas e das incertezas que nos
cercam. O que sei é que lá longe existem mentes brilhantes dedicadas à vida e
mentes maquiavélicas dedicadas à morte. É uma guerra sem fim, tanto aqui quanto
em estágios da espiritualidade de onde, todos os dias nos enviam novos guerreiros
para que possam por aqui evoluir e quem sabe; ajudar a melhorar este mundo
infernal.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Já com minha quase
inseparável máscara, porque às vezes tenho que voltar porque a esqueci, vou às
ruas para resolver pequenas causas, caminhando em terreno minado por este vírus
que segue matando muitos e que por uma legião segue sendo ignorado como perigo
real. Volto rapidinho e me aconchego nesta cadeira diante do computador para
esmiuçar as notícias e topar com as coisas mais estapafúrdias que este século
tão tecnológico foi capaz de produzir na maioria das pessoas. Vou à janela e
recebo uma golfada de vento. Um vento que me sequestra para a beira do mar e
deixo a imaginação seguir aguçando todos os sentidos. O aroma marítimo, o pisar
na areia, aquele molhar os pés na água e a visão das gaivotas em rasantes em
meio às ondas para pescar. Tateio o rebuliço das ondas que quebram catando
algumas conchinhas e me vem à boca um delicioso gosto de viver. Então volto à
cadeira, às divagações e recordo que no final da noite passada estive nos
confins de Moçambique, a terra do escritor Mia Couto, através de um dos seus
livros que acabei de ler. É outra terra que integra o planeta, mas lá tem um
bom tanto do que por aqui tanto urge. A esperança, o fim da fome, a água
potável e a vontade de dançar na chuva para exaltar uma alegria tão pura e
necessária. Então não devemos falar de bandeiras, mas falar de gente, ainda que
em culturas diferentes, mas são pessoas que desejam o mínimo que esta grande
casa oferece: simplesmente viver!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Diz o Mia Couto com uma
visão muito profunda: “ Só existem duas Nações no mundo, a dos Vivos e a dos
Mortos”! – Vivamos, ora, pois, ainda que com os Dorflex de cada dia.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18.6667px; text-align: left;">- Pedro Brasil Jr – 27/01/2021</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><o:p><br /></o:p></span></p>Pedro Brasil Jrhttp://www.blogger.com/profile/11852749335438977435noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2711389994165192735.post-15025541697388636962020-11-17T19:31:00.000-03:002020-11-17T19:31:20.038-03:00BENDITA AO FRUTO NOS CAMINHOS DO INFERNO MASCULINO<p><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><b>Gostava dos tempos em que, encerrada a votação e eleitos os que tiveram mais votos, a vida seguia. Vitoriosos comemorando como se tivessem conquistado medalha de ouro nas olimpíadas. Perdedores em casa fazendo contas para tomar susto com os prejuízos.</b></span></p><p><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><b>E a vida seguia...</b></span></p><p><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><b>Hoje, com as redes sociais mudou tudo. Já na campanha somos bombardeados por candidatos que nunca vimos e nem sabíamos de suas existências. Eu mesmo recebi mais de 50 mensagens de gente se aventurando a uma cadeira na Câmara. Fora as solicitações de amizade no Face que passaram dos limites. Amizades relâmpago na tentativa de levar meu simples “votinho”. É quase como aquela garota bonitona que no começo da noite de sábado desfila sensual pela Rua XV procurando uma vítima para dela arrancar uma roupa, uma bijuteria, um perfume e até um jantar. Pensa que é balela? Havia uma em Curitiba lá nos anos 90 que era mestre na arte. Ela te olhava, sorria, rebolava e ia se chegando como gato safado. Daí o desavisado achava que estava abafando e que iria ter, de repente, uma noite de amor para extravasar todo e qualquer desejo. Muitos Curitiba à fora caíram na rede da pescadora que, depois da compra de um agrado, o jantar ou lanche, achava um pretexto para se mandar. E assim, muitos Dons Juans ficaram chupando o dedo e depois foram para casa quebrar ladrilhos...</b></span></p><p><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><b>No caso da solicitação de amizade “relâmpago” a vantagem é que não tem encontro pessoal e nem presentinho. Depois, encerrado o pleito, aquele “amigo” nunca mais vai interagir com você. Pelo menos nos próximos quatro anos...</b></span></p><p><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><b>Que dizer então das lamúrias?Uma choradeira com potencial de cachoeira se instalou e não há lençol que dê conta para trazer uma conformidade mais rápida. Ela virá; com certeza que virá...</b></span></p><p><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><b>Agradecimentos pelo apoio, depoimentos de toda ordem pelas escolhas mal feitas pelo eleitorado e até desejos maquiavélicos para que os eleitos venham a quebrar a cara. Talvez assim, lá adiante, a derrota de hoje venha a ter o sabor de uma vitória cuja competição se traduz em sempre torcer contra para que dali se possa tirar algum proveito.</b></span></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdNtyRjVoZzEXCeJFMIiffAOj_-yN05YQVvHBtxG0yOodoRl6E3LlBPNTCwtjqjJz68B4yAT7Lspe2gJ0Ldmmdrrk4YppiwFnUYbOJw3I_Vby7kI-7uqNSNKpggqE-pKRJQIppzVWDWc4/s1200/CAMARA.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><img border="0" data-original-height="740" data-original-width="1200" height="270" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdNtyRjVoZzEXCeJFMIiffAOj_-yN05YQVvHBtxG0yOodoRl6E3LlBPNTCwtjqjJz68B4yAT7Lspe2gJ0Ldmmdrrk4YppiwFnUYbOJw3I_Vby7kI-7uqNSNKpggqE-pKRJQIppzVWDWc4/w438-h270/CAMARA.jpg" width="438" /></span></b></a></div><b><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Alguns dos “mesmos” permanecem e isto contraria muita gente que, em análise de bate pronto acham que não fizeram nada e não mereciam a reeleição. Vai ser sempre assim!...</span></b><p></p><p><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><b>O que faltou foi mulher. Só uma ficará bendita ao fruto entre os homens. Mas ela é Fátima Sebastiana de Paula, tem nome de santa e, em assim sendo, acredito que vai saber conduzir seus passos por entre os caminhos do inferno masculino. No pleito em si, mulher fica lá fora. Continuamos a ter um clube do bolinha nos anais da política. Ah! Mas a prefeita eleita é mulher!</b></span></p><p><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><b>Pois então; fico cá divagando o que leva um contingente de eleitores a escolher uma prefeita e não abrir as portas da Câmara para mais vereadoras. Tanta mulher capaz se candidatou e ficou de fora enquanto tantos homens que se acham capazes foram eleitos. </b></span></p><p><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><b>Eles agradecem prontamente. Inclusive ao eleitorado feminino!</b></span></p><p><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><b><br /></b></span></p><p><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><b>-Pedro Brasil Júnior – 17/11/2020</b></span></p><div><br /></div>Pedro Brasil Jrhttp://www.blogger.com/profile/11852749335438977435noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2711389994165192735.post-7360560396389979362020-11-13T17:44:00.003-03:002020-11-13T17:44:49.593-03:00DECIFRANDO CARTEIRAS<p><span style="font-family: verdana;"><b>Acredito que o termo correto fosse “mobiliário escolar”, mas
desde o primeiro dia na escola o nome era “carteira escolar” e a ordem era
explícita: Não pode riscar a carteira!</b></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;"><b>Foi numa dessas carteiras que jamais consegui enfiar no
bolso que dei os primeiros passos rumo ao conhecimento. Algumas dessas
carteiras eram próprias para duplas de alunos, mas descobriram que em dois era
mais fácil colar durante as provas. Então elas passaram a ser individuais e
assim, aquele tampo onde não era permitido riscar era, ao longo do ano e devido
aos três turnos escolares, transformado numa espécie de “rede social” de tempos
idos. </b></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;"><b>Eu juro que gostaria de ter guardado a sete chaves uma
dessas carteiras onde fiz bom uso e é claro; também deixei minhas marcas em
interessantes rabiscos, porque ela continha ali um verdadeiro hieróglifo que só
descendentes ao acaso de um tal de Champollion seriam capazes de decifrar assim
como fez o famoso francês que decifrou a Pedra de Roseta.</b></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEini_hbau5vJwP10owicCMGaCcQMneytF3U8tVrGmCVRCnHmk-pHL7fusabEeq1R-hZQBuCAeo1oIWjxCtmVJzES0ov0IkT-eR3nQDhi7fmOp34WEFuzLeXwjhyphenhyphenJpNMizjHsTU_eYU6KHA/s600/DECIFRANDO+CARTEIRAS+13+nov+20.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="600" data-original-width="545" height="441" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEini_hbau5vJwP10owicCMGaCcQMneytF3U8tVrGmCVRCnHmk-pHL7fusabEeq1R-hZQBuCAeo1oIWjxCtmVJzES0ov0IkT-eR3nQDhi7fmOp34WEFuzLeXwjhyphenhyphenJpNMizjHsTU_eYU6KHA/w401-h441/DECIFRANDO+CARTEIRAS+13+nov+20.jpg" width="401" /></a></span></div><b style="font-family: verdana;">Naquele tampo havia pedaços de tabuada e outras colas
providenciais além é claro, de algumas declarações oriundas das primeiras
descobertas a respeito do amor. Também havia desenhos variados que misturados
ao longo do tempo, em alguns casos, lembravam códigos da passagem de vorazes
aprendizes.</b><p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;"><b>As carteiras enfileiradas na sala de aula muitas vezes
lembravam os avanços dos peões num jogo de xadrez. Dependendo dos movimentos
que alguns faziam no recinto a professora providencialmente os trocava de
lugar. Assim, em várias carteiras ficaram as marcas de um bom numero de
rebeldes e faladores, inclusive as desse escriba cuja caderneta de recado aos
pais volta e meia era preenchida a fim de que, em casa, a gente ganhasse o
devido corretivo. Por muito pouco escapei de ser um sósia do Mickey Mouse, mas
se escapei das orelhas enormes do ratinho famoso, fiquei mais próximo do
Gargamel, aquele caçador de Smurfs.</b></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;"><b>Carteiras escolares na verdade foram, cada uma há seu tempo,
barquinhos sólidos nos quais a gente passou a navegar pelos mares do
conhecimento. Muitos se tornaram eternos grumetes e outros chegaram a almirante
ou comodoro. Como adoro lembrar aqueles tempos onde, de guarda-pó branco não
éramos simples alunos; tínhamos um pouco de enfermeiros das palavras que nós
mesmos feriamos com escrita ou pronuncia errada. Pena que naqueles tempos não
nos permitiam saber uma verdade incontestável: é errando que se aprende. Eram
tempos em que tínhamos a obrigação de apenas acertar, de aprender na marra, de
copiar cem vezes no caderno frases do tipo “eu sou capaz de aprender”, numa
espécie de manivela que faria o cérebro pegar no tranco.</b></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;"><b>Tudo passou – a escola, as carteiras, os amores platônicos,
a cartilha, o livreto com a tabuada, os livros, os cadernos, a régua, a
borracha, os lápis, canetas e os folguedos da hora do recreio, não sem antes
provar uma deliciosa sopa ou chocolate quente e também mingau de aveia.</b></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;"><b>Viriam tempos depois outras carteiras – agora possíveis de
carregar no bolso – a identidade, a habilitação, a do trabalho <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>e carteira apropriada para se carregar o que
sempre é mais difícil conseguir: o dinheiro!</b></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;"><b><br /></b></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;"><b>- Pedro Brasil Júnior – 13/11/20 -</b></span></p>Pedro Brasil Jrhttp://www.blogger.com/profile/11852749335438977435noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2711389994165192735.post-51119935561068836842020-10-29T17:25:00.001-03:002020-10-29T17:25:24.840-03:00MIA COUTO - UM PENSAR SOBRE O PARAÍSO<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpamhJR3onIjfyslGGb0s-ZBSuuu-exq1O7Or667mTlwctPMxcZwNWJlwLz6jFXi3fOWeFt80ZgUxYLN1iQ_ixG1n0yovZv_xAO7-yCe5EuxI87uvw7TigMUFAAv0nh3oXbWTGFEdn6AY/s960/21+-+PARA%25C3%258DSO+-+MIA+COUTO.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="653" data-original-width="960" height="369" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpamhJR3onIjfyslGGb0s-ZBSuuu-exq1O7Or667mTlwctPMxcZwNWJlwLz6jFXi3fOWeFt80ZgUxYLN1iQ_ixG1n0yovZv_xAO7-yCe5EuxI87uvw7TigMUFAAv0nh3oXbWTGFEdn6AY/w541-h369/21+-+PARA%25C3%258DSO+-+MIA+COUTO.jpg" width="541" /></a></div><br /><p></p>Pedro Brasil Jrhttp://www.blogger.com/profile/11852749335438977435noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2711389994165192735.post-39759806174293638802020-10-29T17:19:00.004-03:002020-10-29T17:19:45.272-03:00FANTASMAS ARRASTAM CORRENTES NO GRANDE CASTELO<p><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; text-align: justify;">Quando menino os velhos do
meu tempo ganhavam o rótulo já aos 45 ou 50 anos. Quando esta idade chegava,
lembro muito bem, ouvia-se aquelas pessoas dizer que “a partir daqui, o que
vier é lucro”.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Recordo que também havia
pessoas lá com seus 60, 70,80 e até algumas com 90 anos e muita gente com a língua
afiada dizia que “eles já haviam morrido e tinham esquecido de enterrá-los”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Quanta maldade na visão
daquela gente de outrora que nos obrigava a respeitar os mais velhos sob todas
as formas. Mas a maioria não tinha o mesmo respeito. Era aquela coisa do “faça
o que eu digo, mas não faça o que eu faço”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Décadas dispararam em nossa
existência e os idosos passaram a ganhar rótulos a partir dos 60 ou 70 anos com
muitos por ai chegando ao centenário e com toda lucidez. Mas continuam sendo
assustadores fantasmas em meio ao circo dos horrores de uma sociedade cada vez
mais alucinada e hipócrita.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggHJxx5R5yPUwHEcrJN8pyOOXW_7StD1zo0yxjBkIgSawJz71LRN3MUQDzW0UJLbp0b23ArFuLzAEipXGEF4eRENx_cDsaH2gCjJ1DyQAV_REJK_1il5gC3pHL0BYzaxPyNjP5BZec_ak/s960/O+SUS+%25C3%2589+NOSSO.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="935" data-original-width="960" height="432" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggHJxx5R5yPUwHEcrJN8pyOOXW_7StD1zo0yxjBkIgSawJz71LRN3MUQDzW0UJLbp0b23ArFuLzAEipXGEF4eRENx_cDsaH2gCjJ1DyQAV_REJK_1il5gC3pHL0BYzaxPyNjP5BZec_ak/w443-h432/O+SUS+%25C3%2589+NOSSO.jpg" width="443" /></a></div><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;">No meu tempo de guri eu
olhava os idosos e ficava muitas vezes pensando como seria viver numa carcaça
abalada pelo reumatismo e outros tantos males. Pois bem; acabei chegando à
condição que hoje se transformou em “melhor idade” por questões educativas cuja
finalidade é acabar com o preconceito contra os “estorvos” que a cada dia
aumentam em número na nossa terra. São tantos hoje que governantes sem
escrúpulos tem a capacidade de cuspir em discursos enfadonhos que os idosos são
os responsáveis pelo caos econômico e assim, tivemos um Temer com a cara de pau
de dizer que as pessoas vão viver 140 anos e, portanto, podem se aposentar aos
74 anos. E agora mais recente, o homem eleito pela massa, em plena pandemia foi
aniquilando com os benefícios a que todo idoso tem direito e torcendo, conforme
até um ministro de sua laia teve coragem de afirmar, que seria bom que os
idosos morressem para que se pudesse salvar a economia.</span><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Olhando esses senhores do “poder
sujo e maquiavélico” fico pensando a respeito do que preenche seus cérebros e
seus corações, porque já estão também capengando pela idade que avança, mas
possuem a sordidez de fazer pouco caso àqueles que, cada um a seu modo,
depositou suas energias no trabalho, gerando riquezas, movimentando o comércio
e a indústria e é claro; pagando esse turbilhão de impostos aos quais somos vítimas
de uma espécie de escravismo que beneficia apenas aos que assumem seus cargos e
inventam para si os auxílios mais absurdos e caríssimos para que todos nós
paguemos e ainda os exaltemos como autoridades.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Velhos, idosos, portadores
da melhor idade, recebendo a maioria aposentadorias medíocres, com atendimento
médico precário e sem acesso a medicamentos. Enquanto isto o Estado,
representado hoje por uma classe de sanguessugas segue capengando em blá blá
blá sem que as soluções devidas possam ser convertidas em verdades e benefícios
à brava gente velha brasileira.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Nós, essa legião de
fantasmas, seguimos por ai, cada um arrastando suas correntes em meio a esse
majestoso castelo chamado Brasil onde se produz tanta comida e muitos padecem
de fome, onde temos grandes bacias hidrográficas e muitos padecem pela seca e
onde todos tem esperança de tempos melhores, mas esses tempos nunca chegam.
Campanhas vão e vêm, as promessas ridículas são as mesmas e os caras de pau
ocupam suas cadeiras já pensando em reeleição. E hoje, o mote de muitos cínicos
é “cuidar das pessoas”, “estar na linha de frente”, mas cá entre nós, quem
deles cuida de quem? Quem deles na guerra vai à linha de frente para levar o
primeiro tiro? Francamente, essa gente mesquinha nunca respeitou, não respeitam
e jamais vão respeitar os idosos da nossa terra. E a prova maior está em
evidência neste momento em que começam a mexer os pauzinhos para privatizar o
SUS(***) . O SUS é tudo o que ainda nos resta e, se privatizado for, tenha
certeza de que você ficará velho, sem assistência e morrerá à míngua em meio a
esta terra de ninguém. Agora; quando a velhice os acolher na imensa rede,
muitos vão mudar de religião, vão abraçar uma Bíblia com todas as forças
restantes na tentativa de reduzir a cobrança dos céus, da Divina Providência.
Mas daí, os portais do inferno estarão escancarados à sua espera...<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18.6667px; text-align: left;">- Pedro Brasil Júnior – 29/10/2020 -</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><b><i><u>(***) Lembrando que para
privatizar o SUS será preciso mexer na Constituição Federal. É por isto que já
andam falando em nova Constituinte.</u></i></b><o:p></o:p></span></p>Pedro Brasil Jrhttp://www.blogger.com/profile/11852749335438977435noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2711389994165192735.post-16396239665820305642020-10-19T19:40:00.001-03:002020-10-29T17:21:36.389-03:00QUANDO DEUS FALA COM A GENTE<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTa-BLTo2TAXPFsfEP4t6abxieTzrkpUinuh6IZxIRt32LT8s0dVPkKBg1vveYXi-ci5aa95nMxBgSAe4GzVsYXCBYlTRdqBhSQnpI0cLMms3UgoTdeQp4v8g5bo_MpagB7kQMvH7uV0o/s945/44118529_10217159864687727_4014231693614383104_n.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="709" data-original-width="945" height="317" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTa-BLTo2TAXPFsfEP4t6abxieTzrkpUinuh6IZxIRt32LT8s0dVPkKBg1vveYXi-ci5aa95nMxBgSAe4GzVsYXCBYlTRdqBhSQnpI0cLMms3UgoTdeQp4v8g5bo_MpagB7kQMvH7uV0o/w423-h317/44118529_10217159864687727_4014231693614383104_n.jpg" width="423" /></a></div><br /><br /><span style="font-family: arial; font-size: large;"><b><i>Escrevi hoje bem cedo essas três linhas:<br /><br />“Bem-Te-Vi no parapeito da janela<br /><br />Espiou, não viu nada, se foi...<br /><br />Bem que eu Te Vi !”<br /><br />Veio do nada e eu nem tinha visto ou ouvido um Bem-Te-Vi.<br /><br />Mas ali por perto do meio-dia eis que surge a pouco mais de um metro este belo exemplar de Bem-Te-Vi.<br /><br />Ficou ali tranquilo, imponente e fazendo poses para as fotos.<br /><br />Bem que Te Vi e captei este instante mágico.<br /><br />Bem que na Alma a mensagem se completou.<br /><br />Porque Deus tem maneiras especiais de falar com a gente...<br /><br /><br /><br /><br />- Pedro Brasil Júnior - 19/10/2018</i></b></span>Pedro Brasil Jrhttp://www.blogger.com/profile/11852749335438977435noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2711389994165192735.post-5527720212454755192020-10-19T19:10:00.000-03:002020-10-19T19:10:06.381-03:00O ABRAÇO DO TAMANDUÁ<p><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; text-align: justify;">Livre e solto em seu habitat
só tive a chance de ver um tamanduá uma única vez quando ainda menino. As
pessoas de então diziam que era um bicho perigoso. Foram necessários muitos
anos para que finalmente eu pudesse descobrir que não eram, necessariamente,
tão perigosos assim. De uma beleza incrível, os tamanduás esmiúçam os
cupinzeiros para se alimentar e dão um toque especial a qualquer cenário dito
selvagem. </span></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiycb3HcBkkiG5UFfzF0pYUNbAHdY881K7EDA9AFn92JKDBIbnkzsBqspatU336BoLEtNkAEa0Q3jxJ8XyashtM-K5G7mGcth1hJAX-9yWOsSLK5dPlLLQwNTCb-5Ja8C5bILco3DrcGvY/s600/tamandua-mirim.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="600" height="299" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiycb3HcBkkiG5UFfzF0pYUNbAHdY881K7EDA9AFn92JKDBIbnkzsBqspatU336BoLEtNkAEa0Q3jxJ8XyashtM-K5G7mGcth1hJAX-9yWOsSLK5dPlLLQwNTCb-5Ja8C5bILco3DrcGvY/w399-h299/tamandua-mirim.jpg" width="399" /></a></div><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; text-align: justify;">Nestes tempos de fogaréu ali pelo Pantanal sabemos que muitas
espécies sucumbiram e muitos exemplares da fauna foram salvos por pessoas
decididas a esta tarefa tão importante e complicada. São pessoas que empunham a
bandeira da preservação e vão à luta, mesmo expondo-se às ameaças do fogo ou
até mesmo a ataques de animais peçonhentos. Assim, deparo neste universo da
internet com um vídeo feito lá naquelas bandas onde um jovem caminha sendo
seguido por um tamanduá. Ele resgatou o animal com seu filhote e agora,
adotados, mãe e bebê não desgrudam do rapaz e dos seus cuidados. Carinho e
dedicação aliados ao respeito integram sim as ditas feras à fera maior que pode
se transformar um homem. </span><p></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjj9seRD1IhGunrgqSSLCtpA0fH0yxal_w8Av7p_jxviOvTD5MDvuwguaZk1pzh5fmcGBNHRDUmxXrfUtXzj4L_gsyf8dQhesmiGunyX0WGpMRZR3li3x4KOzS_zhtBhltZ7yZH2w5pAIU/s330/3495d5ff2ef3a30e8832afd6c1e65b5a.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="330" data-original-width="235" height="352" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjj9seRD1IhGunrgqSSLCtpA0fH0yxal_w8Av7p_jxviOvTD5MDvuwguaZk1pzh5fmcGBNHRDUmxXrfUtXzj4L_gsyf8dQhesmiGunyX0WGpMRZR3li3x4KOzS_zhtBhltZ7yZH2w5pAIU/w251-h352/3495d5ff2ef3a30e8832afd6c1e65b5a.jpg" width="251" /></a></div><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; text-align: justify;">Aquele jovem empunhou a bandeira da bondade e da
consciência ecológica e a mamãe tamanduá com seu filhote nas costas sabe que
ali está segura para perpetuar sua espécie já tão ameaçada. </span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; text-align: justify;">A natureza nos tem ofertado
tantos exemplos, mas ainda assim a ganância e o desrespeito do homem se fazem
mais fortes a ponto de aniquilar imensas áreas em detrimento dos altos lucros
através do agronegócio. O mundo precisa de alimentos, mas a alma humana precisa
de muito mais.</span><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Então eu fico com o abraço
do tamanduá e empunho a sua bandeira em defesa da proteção das nossas matas e
de todos os nossos “bichos perigosos” cuja capacidade de fera se rende ao homem
num pedido de socorro jamais pensado.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 21.4667px;">-Pedro Brasil Jr – 19/10/2020 -<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 21.4667px;"> </span></p>Pedro Brasil Jrhttp://www.blogger.com/profile/11852749335438977435noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2711389994165192735.post-36207788420453772912020-10-14T19:07:00.004-03:002020-10-14T19:07:35.120-03:00QUERO MEU LUGAR NO QUEIJO <p><b style="font-family: arial;"><i>Campanha política é coisa invulgar porque na visão da maioria dos candidatos o objetivo é aquela cadeira onde se exerce o cargo para o qual se foi eleito. Para chegar ao queijo e suas delícias existem as regras do jogo e, como em todo jogo, sempre existem os que tentam burlar, usando dos mais criativos artifícios e, em sendo assim, despertando a ira nos concorrentes que ficam atentos a toda ação que porventura venha a infringir a regra da disputa. Enquanto a campanha dispara, as pesquisas vão revelando preferências e o contingente de candidatos vai criando suas estratégias, o eleitor, aquele que escolhe o seu representante, recebe os santinhos e nem se arrisca a rezar. Pior é que a maioria dos eleitores deixa para escolher alguém às vésperas da eleição e muitos até no dia quando, sem muita opção, escolhem aleatoriamente alguém ou votam em branco ou anulam seu voto, coisa que não é boa para a democracia.</i></b></p><p><span style="font-family: arial;"><b></b></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: arial;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkxPbKF1qRqCZM00LJlSVI80lH3yTZHHtZY-8eb7IUkDrYBR5-abn1gZPVf_eYaWz-6iFCDvGHTmmeWeoFvLsn_FZO2dds1NEUUMLzwErn3Y11IwTfpl9IHw138HWsuTHjlC7M1ERgjmc/s312/download.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="162" data-original-width="312" height="237" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkxPbKF1qRqCZM00LJlSVI80lH3yTZHHtZY-8eb7IUkDrYBR5-abn1gZPVf_eYaWz-6iFCDvGHTmmeWeoFvLsn_FZO2dds1NEUUMLzwErn3Y11IwTfpl9IHw138HWsuTHjlC7M1ERgjmc/w456-h237/download.jpg" width="456" /></a></b></span></div><b style="font-family: arial;"><i>O queijo está lá à espera dos que chegarem à frente, tal qual na concepção de cada indivíduo cujo espermatozoide ganhou a corrida e lhe deu direito à vida. Da mesma maneira, creio eu, em se tendo direito à vida pelo mérito da “vitória” que na disputa aos cargos eletivos, os que forem agraciados com maioria de votos que deixem de focar na cadeira, nos salários e nas vantagens e que observem a real função e que façam valer seus projetos, dentro de todos os parâmetros, a fim de que a cidade, seja ela qual for, possa ganhar todas as melhorias necessárias em detrimento de uma qualidade de vida melhor para sua gente. Sim; o queijo é convidativo, mas o eleitor precisa, antes do pleito, analisar seus candidatos, ver seus projetos, olhar a cidade onde vive como ela se encontra para ver se realmente as propostas dos candidatos do momento são possíveis, melhores do que a atual administração vem realizando e se muitas dessas propostas/promessas podem ser realizadas com recursos do próprio município. Do contrário; o queijo poderá ser maravilhoso para muitos, mas o eleitor é quem acabará topando com a armadilha fatal. Vote consciente, analise e não se deixe levar pelos “mi mi mis” da campanha. Não se esqueça daquela máxima antiga que diz: “muitos se fingem de morto para faturar o coveiro”. É o nosso país, é a nossa cultura eleitoreira. Tá na hora de mudar, mas é preciso ter consciência, discernimento e participação ativa ao votar e depois, para fazer a devidas e justas cobranças.</i></b><p></p>Pedro Brasil Jrhttp://www.blogger.com/profile/11852749335438977435noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2711389994165192735.post-52972730189432628282020-10-01T19:57:00.000-03:002020-10-01T19:57:15.561-03:00APRENDIZES DO VIVER<br /><br /><span style="font-family: arial;"><b>Envelheci e nem percebi que, durante a dança do tempo, foram ocorrendo mutações em meu ser. <br /><br />Então envelheci sorrateiro como aquele vinho esquecido no armário ou como aquelas fotos de tempos idos que aderiram a um tom amarelo, dando o alerta de que é inevitável segurar esse alazão que atravessa o espaço sempre imponente, sempre ávido em sua mensagem, sempre disposto a nos dizer que nada no Universo tem parada. É preciso ir em frente todos os dias, ainda que muitos fiquem questionando qual é o destino. <br /><br /><br /><div style="text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjL7pJsS3IBOio53QwivXJuJSy3tnj99gaMPEvdeUfTysKzRuTQXPERlEbEKhDgRZMUB6X2qpgE3CIIvnSPyEQMwx-60lWiNrgULA0Ih2Yy67Skq_GZK3uTE-vWlFXZFivrz80-bP_5BBE/s992/11-+eterna+crian%25C3%25A7a-+mensagem+pedro+out+18.jpg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjL7pJsS3IBOio53QwivXJuJSy3tnj99gaMPEvdeUfTysKzRuTQXPERlEbEKhDgRZMUB6X2qpgE3CIIvnSPyEQMwx-60lWiNrgULA0Ih2Yy67Skq_GZK3uTE-vWlFXZFivrz80-bP_5BBE/w446-h446/11-+eterna+crian%25C3%25A7a-+mensagem+pedro+out+18.jpg" /></a></b></div></b></span><div><span style="font-family: arial;"><b>Simplesmente o conhecimento e a experiência que são pequenas estações para onde nosso trem azul segue esfumaçando a paisagem, recolhendo ao longo da jornada aqueles entes queridos, aqueles amigos que estranhamente surgiram em outras paradas e que juntos, a cada trecho, celebram as alegrias e dividem as tristezas. Mas de repente, alguns vão descendo antes, nos deixando naquele vagão que ao longo da viagem vai ficando vazio e se enchendo de saudades.<br />Ah! Mas eu nem lembro que cheguei a essa tal de “melhor idade” até porque, desde que me conheço por gente, sempre vivi a melhor idade, fosse na infância entre os folguedos e artimanhas de menino, fosse na adolescência preparando o coração para o amor e a construção de um novo tempo ou fosse na idade adulta onde se chega a estágios sérios, onde responsabilidade significa esforços dobrados e onde, é claro; a gente de fato e de direito sente um peso diferente, porque os músculos já não atendem como nos tempos do futebol ou das pedaladas numa bike. Tempo onde o cansaço surge do nada e a gente olha para o sofá e diz: “Velhinho, dá licença, mas preciso de um cochilo!” – Daí a gente acorda reanimado e segue pelo dia esquecendo-se da idade e indo fazer coisas que já não são tão apropriadas como na juventude. E daí? Eu me sinto jovem e por isto, vou pintar a parede, fazer uma pipa, limpar a calçada, passear com os cachorros e fazer um turismo pelas ruas ao meu redor. Mas, sobretudo, a idade que avança tem uma magia toda própria, porque através do tempo a gente aprendeu de tudo um pouco, a trancos e solavancos e se chega a esse estágio dotado de vivência, visão ampla a respeito da vida e de tudo o que nos cerca. Então a gente tenta passar um tanto disso aos jovens, mas eles, pelo menos esta geração de hoje, me parece que nasceram antes da gente e preferem pagar para ver o que acontece. Entrou em moda o “dá nada!” e depois que dá tudo a quem eles apelam? Desde sempre, desde as primeiras tribos, os mais velhos eram e continuam a ser os melhores conselheiros, porque velhice significa experiência e conhecimento e somente com essas duas características é que a gente pode se tornar velho, com espírito jovem e certos de que viver é muito mais do que uma dádiva, é o compromisso de vir, fazer e sentir a satisfação de ter cumprido, ainda que em parte, a sua missão. <br /><br />E me permito “roubar” aqui um pouco da inspiração do Caetano Veloso que naquele tão distante 1979 escreveu: <br /><br />“Eu vi o menino brincando/ Eu vi o tempo/ Brincando ao redor do caminho daquele menino. /Eu pus os meus pés no riacho/E acho que nunca os tirei...” <br /><br /><div style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZeKdHGbD6dCJXBrybQWAfhW3bk4s8Mv6dpHLf0QtkUHop0v2Cdt8ToF00HbXYpa7qR6kBS5bYFwMjxs5lfJ-jCUela6h3MAy-1f4o5oiyUdWEowquoqpfbbkbh05A7oRl9AHlov2VueQ/s512/unnamed.jpg" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="335" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZeKdHGbD6dCJXBrybQWAfhW3bk4s8Mv6dpHLf0QtkUHop0v2Cdt8ToF00HbXYpa7qR6kBS5bYFwMjxs5lfJ-jCUela6h3MAy-1f4o5oiyUdWEowquoqpfbbkbh05A7oRl9AHlov2VueQ/w446-h335/unnamed.jpg" width="446" /></a></div></b></span><div><span style="font-family: arial;"><b>Então, que “Força Estranha” é esta que rege nossa existência?Eu um dia também pus os meus pés no riacho e sigo com eles molhados, sentindo o frescor da água cristalina, ouvindo a doce canção da corredeira e percebendo sim que a Vida é amiga da Arte e que é preciso saber viver tentando compreender que nada mais se é do que um integrante de todo o cenário. “Eu vi muitos cabelos brancos na fronte do artista /O tempo não para, no entanto ele nunca envelhece.”<br />Que sejamos eternamente jovens em nossas mentes, que saibamos envelhecer e aceitar as mudanças e, sobretudo; que saibamos o tempo todo, interagir com a magnitude da vida, com a grandiosidade do planeta, com o infinito Universo e com a dádiva de ter vindo não para ser “mais um”, mas para ser um eterno aprendiz do viver.<br /><br /><br /><br /><br />- Pedro Brasil Júnior – 01/10/2020 <br /></b></span><br /> </div></div>Pedro Brasil Jrhttp://www.blogger.com/profile/11852749335438977435noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2711389994165192735.post-11164347307124505772020-09-22T22:18:00.001-03:002020-09-22T22:18:33.476-03:00CAMINHANDO SOBRE O TAPETE DAS FLORES DO IPÊ<p><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; text-align: justify;">Quando se é escritor, ainda
que por presunção, a gente comete alguns erros que são, na verdade, motivados
pela inspiração daquele momento mágico, tão único quanto ao instante em que se
tira uma foto por ai.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">O primeiro deles é a
gramática, que a gente pisoteia para desespero daqueles que a levam com uma
seriedade sem limites. Mas para este erro há sempre a possibilidade de todas as
devidas correções e ajustes. Já para o outro, não temos como dar uma mexidinha,
porque muitas vezes se fazem necessários. São as repetitividades de cenas ou
causos já relatados em outra crônica ou outro conto. Em sendo assim, é verdade
que num dia qualquer e bem distante eu já tenha falado sobre a maravilha dos Ipês
Amarelos cujos tapetes de suas flores enfeitam muitas calçadas pela cidade. Mas
outrora esses tapetes eram em maior quantidade e, portanto, muito mais
marcantes.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Hoje, último dia do inverno
desse 2020 que foi e segue sendo um ano gelado, porque todos nós entramos numa
fria digna de pinguins, deparo com um comentário curtinho de uma amiga de longa
data, a Célia Cesar que lá elogiou uma postagem<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>que fiz sobre o Dia da Árvore e onde ela diz : “ Não sei o que dizer...
Só sei que esta chegando a temporada dos Ipês e eu me lembro de você”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuCGb1yBjwzKEWI-8oJNdUJGG3Fa-d-suHRXnrtRgc-d3lqKDtTeeu7cWxkjFqa5iOncnu1wS5N1M44HqfZ_wsMwO1Kt7-qzC6jU6XZnLPN_mstrNZKvz7L3HmFwP5wqmHibeZEORhWyQ/s2048/CAMINHANDO+NO+TAOETE+DE+IP%25C3%258A.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1364" data-original-width="2048" height="274" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuCGb1yBjwzKEWI-8oJNdUJGG3Fa-d-suHRXnrtRgc-d3lqKDtTeeu7cWxkjFqa5iOncnu1wS5N1M44HqfZ_wsMwO1Kt7-qzC6jU6XZnLPN_mstrNZKvz7L3HmFwP5wqmHibeZEORhWyQ/w412-h274/CAMINHANDO+NO+TAOETE+DE+IP%25C3%258A.jpg" width="412" /></a></div><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;">Uma forma sutil de lembrar-se
da gente cuja distância é imensa e que também, nunca nos conhecemos
pessoalmente. Nossa amizade começou na época do já extinto Orkut e onde havia;
minha memória falha um pouco, um portal dedicado me parece aos Altares. Por lá
chegavam em suas canoas pessoas maravilhosas e com ideias magníficas para
compartilhar com quem de repente estivesse em busca de um bálsamo para encarar
os desafios da existência. A grande verdade é que daqueles Altares onde cada um
levava sua oração, nasceram importantes amizades e digo sempre a todos os
amigos lá feitos que cada um teve sim um papel importante para que a gente
pudesse olhar o mundo com outros olhos. O portal dos Altares se foi, mas os “monges”
continuam por ai, cada um na sua, mas com algo em comum: A fé!</span><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">E os Ipês Amarelos? Ah! Que
árvores majestosas que simbolizam a nossa terra, nos dão a sombra, o colorido,
mas não oferecem frutos. Pelo menos “não” na categoria do palpável e comestivo,
trazendo o sublime néctar do coração da terra. Mas seus frutos vão além-alma e
nos levam por uma espécie de jovialidade, um tipo de fonte da juventude que
banha nosso olhar com o amarelo das flores e o verde de suas folhas. E então,
esses “frutos” tão estranhos abrem o coração da gente e levam até ele a
essência mais pura que ajuda a gente a ter inspiração de escriba, força de
vontade de professor, carisma de apresentador de rádio ou televisão, preceitos
de pura fé em religiosos de todas as ordens e a pureza tão singela de toda e
qualquer criança que chega a este mundo apenas para viver. Eles chegam à
estação da vida sem falar nada, sem pensar nada, sem empunhar bandeiras
ideológicas, sem torcer para este ou aquele time, sem dar importância à raça, à
religião ou a preferência sexual dos outros. Simplesmente nascem e chegam como
a argila que se retira da barranca de um rio. O que os outros farão com ela é o
que importa. Como vão moldar as pequenas e inocentes almas é que influenciará
nos destinos do mundo. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Mas os Ipês Amarelos
seguirão florindo a cada Primavera, estendendo seu tapete vistoso aos
transeuntes, despertando olhares de paixão e escrevendo ali mesmo uma poesia
que fala de amor, de transformação e que inclui até gente carrancuda que reclama
que a arvore faz muita sujeira porque derruba aquelas flores todas e depois
aquelas folhas todas até ficar peladinha. Então está ai mais um segredo dos
Ipês que tanto amo. Aquelas árvores com nome masculino são dotadas de uma
feminilidade tão incrível que nos proporcionam desfiles de cores e depois
ensaios fotográficos de uma nudez que inspira acreditar que a alma da gente é
bem assim; primeiro espalha cores de todas as nuanças e mais tarde se desnuda
para nos mostrar a evolução. Mas claro; como não pensei nisso antes? Os Ipês
Amarelos são borboletas com raízes que incitam a gente a fazer como a lagarta.
Primeiro se rasteja, depois se mergulha num casulo e mais tarde se eclode em cores
para singrar os céus e provar o quanto a vida é bela e “maravilinda”, como
costuma dizer a amiga Célia a quem é claro, agradeço por ter sido hoje, motivadora
dessa rápida inspiração, mas lembrando que nada é por acaso e que a gente,
volta e meia dá um pulinho até o Altar para uma conversa com aquele “Cara” que é
extremamente radical, correto e grande protetor de cada passo que a gente dá
nesta caminhada por sobre os majestosos tapetes das flores do Ipê.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">-Pedro Brasil Jr - 22/09/2020 -</span></p>Pedro Brasil Jrhttp://www.blogger.com/profile/11852749335438977435noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2711389994165192735.post-89357978082709405982020-09-03T17:52:00.000-03:002020-09-03T17:52:01.379-03:00O RESGATE DA ENERGIA SOLAR QUASE AO FINAL DOS TEMPOS<p><span style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><b>Ainda nem haviam erigido a Torre
Eifell em Paris quando, durante uma grande exposição um inventor e engenheiro
americano então presente, demonstrava a sua magnífica invenção. Aliás; teria
sido primordial para o destino da humanidade que poderia aqui chegar hoje sem
essas ameaças monstruosas do aquecimento global.</b></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><b>Frank Shuman era o nome da cara
que, durante aquele evento fez uma<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>incrível demonstração do poder da energia solar construindo um pequeno
motor que funcionava ao refletir a energia solar<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>para caixas quadradas cheias de éter, que tem
um ponto de ebulição mais baixo do que o da água, e era equipado internamente
com tubulações pretas que por sua vez alimentavam um motor a vapor. Bem; ele
fez uma mágica na ocasião quando, através do sistema serviu sorvetes para
alguns presentes.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Mais para frente,
entre 1912 e 1913, Frank Shuman construiu em Maadi, Egito, o que pode ser considerada
a primeira usina solar. A ideia era irrigar o deserto com águas do Rio Nilo
através de um sistema motriz movido pela energia solar. Pena que durante a
Primeira Guerra Mundial o complexo fora totalmente destruído.</b></span></p>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIHpoaV-BE1eFTSPLGvGo3ypEH33bhLAexXQZ-K2kwSiN3_2ZocuMwzLQWosz-XYz_M8HFnEOR9sG1etrfrV7zxVHe9M1ZVc3M5zGjTXuza9u3bHfhxS7B7T7g_vS07RIW8NQlsQxgqi0/s2048/FRANK+SHUMAN.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: arial;"><b><img border="0" data-original-height="1073" data-original-width="2048" height="263" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIHpoaV-BE1eFTSPLGvGo3ypEH33bhLAexXQZ-K2kwSiN3_2ZocuMwzLQWosz-XYz_M8HFnEOR9sG1etrfrV7zxVHe9M1ZVc3M5zGjTXuza9u3bHfhxS7B7T7g_vS07RIW8NQlsQxgqi0/w500-h263/FRANK+SHUMAN.jpg" width="500" /></b></span></a></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="font-family: arial;">De lá para cá tivemos a virada de
um século onde o uso dos combustíveis fósseis ganhou o mundo e assim, a
poluição envolveu o planeta e dele o fez a maior vítima interferindo em vários
segmentos de sua naturalidade. Como resultado, o aquecimento global que hoje
afeta por demais as calotas polares. E somemos a isso tudo os desmatamentos por
todas as partes, o uso de carvão vegetal e de uma gama de outras práticas nocivas
criadas pelo homem com intuito de gerar lucros.</b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><b>Agora, mais de cem anos depois da
proeza do pioneiro Shuman, o mundo volta a olhar a energia solar com a grande
saída para novos tempos, sem poluição, com energia renovável entregue a todos
nós pelo astro rei.</b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><b>Oras; que humanidade é a nossa onde
os interesses financeiros se sobrepõem à própria existência? Seguimos ainda
assim e eu lembro a quem interessar possa que, no nosso país, o nordeste sempre
padeceu pela falta de água e de atenção governamental. Quando D. Pedro II criou
o projeto da Transposição do Rio São Francisco ele tinha a magnífica visão de
que era possível resguardar a região toda e, através dela produzir<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>muito através do trabalho da gente
nordestina. Mas daí veio a Proclamação da República, o país ganhou outro rumo e
o projeto da Transposição do São Francisco foi parar no fundo de algum baú.</b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><b>Quando resgatado, décadas e mais
décadas depois, não foi bem visto pelos interesses dos ditos abastados, aqueles
que sempre desejaram e seguem desejando que os nordestinos se mandem para São
Paulo, porque daí eles tem mão de obra barata, pouco importando se as favelas e
a violência vão aumentar. Eles moram em palacetes e coberturas...</b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><b>Meu caro Frank Shuman esteja você
onde estiver saiba; seu pioneirismo chega ao reconhecimento mundial e é sim; a
solução mais viável, não poluente e totalmente renovável. Mas saiba também meu
caro, que todo aquele que tem uma ideia pratica, barata e sustentável ou é
sumariamente abatido pelo poder da guerra ou então; passa a ser comunista. O
que os ditos grandes querem sempre é o poder e o lucro. E salve o Sol. </b></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><b><br /></b></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="text-align: left;"><span style="font-family: arial;">- Pedro Brasil Júnior – 03/09/2020 –</span></b></p>Pedro Brasil Jrhttp://www.blogger.com/profile/11852749335438977435noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2711389994165192735.post-13932498497337825242020-08-07T19:30:00.002-03:002020-08-07T19:30:44.221-03:00UM LIVRO ESQUECIDO<p><span style="font-family: arial;">Um dia, acidentalmente, esqueci um livro no balcão de uma lanchonete. Voltei ao local, mas o exemplar já havia partido com alguém. Bem; apesar da tristeza pela perda acabei, de certo modo contente por saber que alguém iria ler aquela obra. Ou talvez nem fosse ler, porque muita gente sabe “catar” coisas perdidas ou esquecidas para jogar em algum canto.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Os anos passaram, vieram outros livros, outras histórias e aventuras e grandes nomes da literatura que me ajudaram a aprender muito mais. Depois alguém inventou um interessante projeto do livro esquecido propositalmente, de maneira a incentivar a leitura. De alguma maneira o projeto até funcionou e deve ainda estar conquistando alguns leitores por ai.</span></p><p></p><div class="separator" style="clear: both;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgB5FeL5RULds0fP6PJDOAPYK7MBA-v0zxJ94tfaF6xZKhwbIlypJtFAr77ePwo2Do8l_EaSBAB-w3XK33AAUPALWJTD8g_qm1hfrMtN-vv2Jl66F-HY3WChnFOSQtGDc00mKejWR3ge8I/s960/20626432_10213595779027813_4122881890749666935_o.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; display: block; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; padding: 1em 0px;"><img border="0" data-original-height="750" data-original-width="960" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgB5FeL5RULds0fP6PJDOAPYK7MBA-v0zxJ94tfaF6xZKhwbIlypJtFAr77ePwo2Do8l_EaSBAB-w3XK33AAUPALWJTD8g_qm1hfrMtN-vv2Jl66F-HY3WChnFOSQtGDc00mKejWR3ge8I/w410-h320/20626432_10213595779027813_4122881890749666935_o.jpg" width="410" /></a></div><p></p><p><span style="font-family: arial;">Esses dias, depois de tanto tempo, decidi dar uma volta pelo centro de Curitiba com a pura visão de um turista, fotografando alguns lugares tão comuns de minha passagem ao longo dos anos e eis que de repente me deparo com a cena: um verdadeiro livro esquecido no banco da praça.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Não era um livro de papel em brochura e com capa grossa, colorida, chamativo a qualquer passante. Era um livro vivo, com incontáveis páginas repletas de passagens maravilhosas, tristes, angustiantes, sofridas, saudosistas e por ai afora...</span></p><p><span style="font-family: arial;">Lá estava naquele meio de tarde o homem sentado em sua solidão dividida com os pombos que habitam a praça e ficam à espreita de alguém que derrube do pacote algumas pipocas.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Ali estava com ele e em sua figura uma verdadeira obra, o livro de sua vida, esquecido naquele banco, mas sem permitir que alguém o apanhasse para esmiuçar suas verdades, suas crises, suas dores, seus malabarismos para quem sabe manter uma família e até mesmo as poucas alegrias que possa ter tido lá na juventude.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Um livro velho e esquecido no banco da praça, muito longe de uma campanha , tão distante de todos os olhares que atravessam a praça.</span></p><p></p><div class="separator" style="clear: both;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5l-SAIHZi6jFfCJ2TNRbXYLa7ljmM2cmN92HukugsMo4HzZr-rnJZFI0lAMXiBvWi9HJy79NnYklatDbE36oRcnhz4uyA6_D_z9owoer-ZDi7qYkfUMjHla4kD1KCBQi-6M68GABNac8/s960/20626432_10213595779907835_3230144322639265054_o.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; display: block; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em; padding: 1em 0px;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="960" height="307" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5l-SAIHZi6jFfCJ2TNRbXYLa7ljmM2cmN92HukugsMo4HzZr-rnJZFI0lAMXiBvWi9HJy79NnYklatDbE36oRcnhz4uyA6_D_z9owoer-ZDi7qYkfUMjHla4kD1KCBQi-6M68GABNac8/w410-h307/20626432_10213595779907835_3230144322639265054_o.jpg" width="410" /></a></div><p></p><p><span style="font-family: arial;">É a lente e os olhos que observam o instante e o captam para sempre. Lá ficou o livro esquecido enquanto a tarde se esvaia. Lá ficaram com ele seus segredos, seus sonhos, seus desejos e suas decepções. E lá fui eu adiante divagando sobre esses livros vivos que atravessam as ruas e as praças, empastados, empacotados, apressados, correndo contra o tempo para chegar a uma estação que nunca aparece.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Somos sim livros que se movem e cujo teor escrevemos um pouco todos os dias, mas o tempo que é implacável em sua passagem é quem dirá, a cada um de nós, se iremos ocupar aquele espaço especial na estante ou ficar esquecido para sempre num desses bancos frios que pouco se importa se a tarde se esvai, se a noite cai e se o amanhecer trará um sol resplandescente uma uma chuva torrente. (Pedro Brasil Jr – 07/08/2017)</span></p><p><br /></p>Pedro Brasil Jrhttp://www.blogger.com/profile/11852749335438977435noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2711389994165192735.post-34745737904747333522020-08-06T15:01:00.002-03:002020-08-06T15:04:02.118-03:00O XINGÚ ESTÁ EM LUTO -MORRE O CACIQUE ARITANA IAWALAPITI<p></p><div class="separator" style="clear: both;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLrOy3NpCf-S2DT6D8NWDy5ANhrVfHVHfWOEUKGZG2TnSVXE47TKPHrB0WrOMQ9BsjFV0yjd-4O5Fyucj2et5q4IQNmTGBZY6GOcqK0B85PwsP8mYJ4-rVbQ6w5VvWglUDDAQob09jTBY/s743/01+-+CACIQUE+ARITANA.jpg" style="display: block; padding: 1em 0px;"><img border="0" data-original-height="639" data-original-width="743" height="440" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLrOy3NpCf-S2DT6D8NWDy5ANhrVfHVHfWOEUKGZG2TnSVXE47TKPHrB0WrOMQ9BsjFV0yjd-4O5Fyucj2et5q4IQNmTGBZY6GOcqK0B85PwsP8mYJ4-rVbQ6w5VvWglUDDAQob09jTBY/w512-h440/01+-+CACIQUE+ARITANA.jpg" width="512" /></a></div> <p></p>Pedro Brasil Jrhttp://www.blogger.com/profile/11852749335438977435noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2711389994165192735.post-62843988218636307282020-08-03T16:42:00.001-03:002020-08-03T16:42:35.912-03:00DA TRAGÉDIA DE SER UM ANIMAL RACIONAL<div><font face="arial">Sou de um tempo quando, na Sexta-Feira Santa as pessoas ficavam reclusas em suas casas, na maior parte do tempo em silêncio e nem o rádio se ligava. Era um verdadeiro culto pela dor alheia, neste caso, pelo sofrimento do Cristo.</font></div><div><font face="arial">A Sexta-Feira Maior, como diziam os antigos, era um dia tão sagrado e santo que, acreditem; os ovos botados por galinhas naquele dia, se guardados fossem, em pouco tempo secavam o seu interior. Minha mãe tinha em casa alguns exemplares desses ovos e até hoje nunca consegui encontrar uma explicação científica para o fato. Ao que presumo, mais do que nunca, o poder do sagrado.</font></div><div><font face="arial">Então os anos foram avançando e os sentimentos mais profundos do ser humano se volatizaram e eis que, neste limiar do Século 21 no encontramos “mais ou menos isolados” pela pandemia, mas acima de tudo, e deixe a pandemia de lado, isolados pelos valores tão sublimes de outrora.</font></div><div><font face="arial">Adentramos num mundo ainda mais violento e segmentado por um ódio jamais visto e jamais praticado por tantos. Nunca e em tempo algum, se presenciou na civilização algo tão inusitado, que só se compara à selvageria daqueles tempos em que os homens ainda eram apenas e tão somente animais sangrentos.</font></div><div><font face="arial">Mas trocadas as gerações, a genética tem demonstrado que certos códigos passam de pai para filho e, sem os devidos cuidados, esses novos indivíduos ressurgem de uma espécie de treva para dissimular o ódio, a violência e saborear com deleite o gosto do sangue.</font></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwgS61725bOhQuROWSKtp-tby831XWSY4ekdvgFkTAnExRIMM8WBUDt7F23_VKtag4HH9VVtUsz6Q061aoylJnbSXA4rVl2n93cpXK3Pna-_G1zzzWMyS8QD_ffRzHVgVvx2WXvmcmRWE/s640/DA+TRAG%25C3%2589DIA.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="360" data-original-width="640" height="288" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwgS61725bOhQuROWSKtp-tby831XWSY4ekdvgFkTAnExRIMM8WBUDt7F23_VKtag4HH9VVtUsz6Q061aoylJnbSXA4rVl2n93cpXK3Pna-_G1zzzWMyS8QD_ffRzHVgVvx2WXvmcmRWE/w512-h288/DA+TRAG%25C3%2589DIA.jpg" width="512" /></a></div><div><br /></div><div><span style="font-family: arial;">Nestes dias incrédulos que vivemos, com mais de mil óbitos diários em nossa terra por conta do vírus, presenciamos também um grande descaso por parte de uma legião que não está nem ai para a doença. Fruto do descaso que vem do alto poder, essa gente se diverte com a morte alheia e seguem sorridentes como se fosse uma legião de capetas descontrolados.</span></div><div><font face="arial">Então minha gente, num repente um acidente de proporções enormes e até desnecessário, e digo isto porque faltou à vigilância e as devidas ações, nos apresenta vítimas que ali na estrada ficaram, de certa maneira, expostas aos olhos alheios que com seus celulares filmaram e fotografaram com o simples intuito de mandar para frente as cenas horríveis da dor do outro.</font></div><div><font face="arial">Perdeu-se o respeito, o bom senso e a humanidade. Sorver o sangue alheio como um bando de vampiros que vivem na obscuridade e que desejam massificar esta dor do outro de toda maneira, sem um mínimo de consciência.</font></div><div><font face="arial">Quando eu ou outra pessoa surge falando em bom senso, em humanismo, em equidade, os outros já apanham seus tacapes e investem contra nosso pensamento e vontade de fazer um mundo melhor e mais justo.</font></div><div><font face="arial">Tivemos sim uma tragédia com muitas vítimas fatais e é certo que nesse instante temos outras “gentes” derrubando lágrimas pela dor da irreparável perda. Foi-se com os que perderam suas vidas de forma tão gratuita, os sonhos de toda uma vida e aqui deixam seus tesouros de gente querida que sempre os rodearam e que agora seguirão suas existências carregando o pesado fardo da dor.</font></div><div><font face="arial">Quando se deveria respeitar o cenário de dor e tragédia, legiões de corvos surgiram entre a fumaça para saciar sua sede de dor e de sangue, verdadeiros vampiros masoquistas que nesse instante estão à solta por ai enaltecendo a dor alheia.</font></div><div><font face="arial">E eu lhes digo sem pestanejar: O Cristo foi parar na Cruz não para salvar os homens. Ele foi para a Cruz, virou símbolo e dali regressou ao Pai apenas para lhe dizer que a raça humana é o pior dos animais que habita esta Terra. Acreditem; o Cristo que tantos aguardam retornar, certamente que já passou por aqui inúmeras vezes e, observando nossa medíocre evolução, voltou para casa antes de ganhar uma vez mais uma coroa de espinhos, as chibatadas de praxe e aqueles enormes pregos em seu frágil corpo.</font></div><div><font face="arial">O Cristo pede ainda ao Pai que nos perdoe, mas não porque “não sabemos o que fazemos”, mas porque temos ciência do que fazemos ao outro e consequentemente a Nós mesmos.</font></div><div><font face="arial"><br /></font></div><div><font face="arial"> - Pedro Brasil Jr – 03/08/2020</font></div><div><font face="arial"><br /></font></div><div><br /></div>Pedro Brasil Jrhttp://www.blogger.com/profile/11852749335438977435noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2711389994165192735.post-13193624696466578042020-07-29T21:30:00.001-03:002020-07-29T21:30:52.985-03:00O CASTELO DE AREIA<div><span style="font-family: verdana;">Ao final do último verão ele teve uma ideia: colocar em prática aquele sonho antigo, ainda de menino – construir um castelo de areia enorme, com todos os merecidos detalhes. Escolheu ali na praia um lugar mais isolado, onde pudesse trabalhar em paz, longe dos olhos e da opinião de possíveis curiosos.</span></div><div><font face="verdana">Começou apanhando água do mar numa garrafa pet com o gargalo cortado e, em incontáveis idas e vindas foi molhando a areia e moldando sua construção. Entre uma latinha de cerveja e outra, com paciência jamais vista, foi erigindo sua obra de arte e, mesmo diante à dança dos ponteiros, não parou um minuto sem que chegasse à conclusão do seu feito. Curioso mesmo apenas a presença de uma gaivota que chegou por perto sorrateira, dando uma espiadela naquela maluquice humana. Depois alçou voo e pegou a distância...</font></div><div><font face="verdana">Finalmente, depois de quase quatro horas, seu majestoso castelo estava concluído e desafiando as ondas que certamente, no adentrar da noite iriam invadir aquilo tudo com a mesma força de um exército devastador. Ao se posicionar em pé um pouco afastado, ele sacou do celular para fazer uma boa sequência de fotos e registrar como prova o seu talento de grande arquiteto.</font></div><div><font face="verdana">Sabia que todo aquele esforço duraria pouco, mas tinha alguns aliados para o combate. Três siris emergiram de suas tocas na areia ali perto e adentraram a propriedade alheia sem cerimônias. Posicionaram-se entre as ameias daquela fortaleza tão frágil como se fossem soldados audaciosamente corajosos para enfrentar o suposto inimigo. </font></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGQNEPEVdL6M8yOPmqwp-o_EWTEIQUvR_wKJCP4E2Kr13FgRbYhTmsNJM7Z_sxOLXEI2aDjpFW2wqrtRXDBEn-jV-wODFcquL2tJYSHtM1dQRhStEdHsfW1x5oPmBZU6uM0P0wi7cQfmU/s960/CASTELO+NA+AREIA+-+MG.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="640" data-original-width="960" height="333" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGQNEPEVdL6M8yOPmqwp-o_EWTEIQUvR_wKJCP4E2Kr13FgRbYhTmsNJM7Z_sxOLXEI2aDjpFW2wqrtRXDBEn-jV-wODFcquL2tJYSHtM1dQRhStEdHsfW1x5oPmBZU6uM0P0wi7cQfmU/w500-h333/CASTELO+NA+AREIA+-+MG.jpg" width="500" /></a></div><font face="verdana"><br /></font></div><div><font face="verdana">Ele então tratou de registrar em fotos e deixou aqueles novos amigos em paz. Uma olhadela a mais e partiu deixando suas pegadas na areia quente. O verão se despedia em alto estilo e ele certamente que teria memórias fabulosas para encarar as estações vindouras.</font></div><div><font face="verdana">De volta para casa em seu carro, às vezes imaginava aquele seu castelo imponente como se fosse o palco dessas histórias medievais que não dispensam os confrontos e os romances ávidos.</font></div><div><font face="verdana">Mas também imaginava as pequenas ondas chegando com a maré alta e carregando sem misericórdia toda a sua obra que levara anos para tornar-se uma realidade de menino crescido, idade avançada e sonhos por inteiro.</font></div><div><font face="verdana">Já em casa, transportou as fotos para o computador e tratou de dar nas mesmas uma melhorada usando os fantásticos recursos da tecnologia. Seus planos eram espalhar as fotos e mostrar seu grande feito nestas redes sociais que chegam tão distantes.</font></div><div><font face="verdana">Surpresa maior quase o derrubou da cadeira. Ao entrar no universo que engloba pessoas de todas as partes envolvidas nos mais diferentes pensares eis que à sua frente surge a foto do seu castelo.</font></div><div><font face="verdana">Mas como era possível? – Pensou consigo diante da tela.</font></div><div><font face="verdana">Não havia curiosos e ninguém naquele trecho da praia. O entardecer já abraçava a noite. E ele também não havia enviado a foto para alguém.</font></div><div><font face="verdana">Então observou uma vez mais com atenção afinal de contas; muita gente adora construir castelos na areia. Mas era o seu castelo, aquele que ficara guarnecido pelos seus amigos siris e que fazia sim certa diferença na paisagem.</font></div><div><font face="verdana">Sob a foto então postada por um desconhecido havia um pequeno texto dizendo: “Se você já construiu castelos no ar, não tenha vergonha deles. Estão onde devem estar. Agora; dê-lhes alicerces.” (Henry David Thoreau) – E a pessoa complementava dizendo: “Eis o castelo que deixou as nuvens, os sonhos e se alicerçou bem aqui, desafiando a força e o poder do mar. Minhas vivas ao audacioso e criativo construtor. Seja lá quem você for, saiba, do fundo do coração que sua obra me encheu de emoção. Há mais de 50 anos, quando menino ainda, também construí um castelo assim e quando as ondas o destruíram eu chorei muito, a ponto das lágrimas deixarem marcas na areia ainda seca. Só anos mais tarde é que entendi como a gente constrói uma vida sólida à partir de sonhos tão simples.”</font></div><div><font face="verdana">Então ele respirou fundo, os olhos marejados e o coração palpitando de alegria. Ele havia, finalmente, tocado uma alma distante e desconhecida por simplesmente ter regressado no tempo para não deixar no esquecimento o seu sonho tão singelo e tão grandioso. </font></div><div><font face="verdana"><br /></font></div><div><span style="font-family: verdana;">- Pedro Brasil Jr – 29/07/2020 –</span></div><div><font face="verdana"><br /></font></div><div><br /></div>Pedro Brasil Jrhttp://www.blogger.com/profile/11852749335438977435noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2711389994165192735.post-45875425128625434762020-07-15T14:39:00.001-03:002020-07-15T14:39:48.079-03:00SEVERINO CONTINUA MAIS VIVO DO QUE PODEMOS IMAGINAR<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b>Quando eu chegava a este mundo em 1956, João Cabral de Melo Neto acabara de lançar sua famosa obra “Morte e Vida Severina” que conta a trajetória e o sofrimento do itinerante Severino em busca de uma vida melhor na capital pernambucana. De sua jornada, muitas mortes e muita miséria enquanto a busca do seu grande sonho seguia sendo um eterno pesadelo.
Considerando que já lá se vão 64 anos desde que a obra foi publicada e que a busca dos “Severinos” por vida melhor nunca acaba, me pego aqui a pensar neste Brasil imenso, habitado por milhares de “quebra-galhos”, alusão feita àquele Severino interpretado pelo saudoso Paulo Silvino num famoso quadro de humor. O Severino de todas as partes continua sendo aquele sofredor aguerrido, capaz de trabalhar com qualquer coisa para dali tirar seu parco sustento. Mas o Severino de todas as partes, a maioria que só sabe assinar o nome e escrever algumas palavras, carrega consigo hoje um CPF e um RG que podem lhe garantir um desses benefícios governamentais que neste atual governo não passam de uma esmola para se criar vadios. Ora; o Severino desse tempo pandêmico carrega, além da eterna esperança de ser digno à existência o seu título de eleitor, passaporte para a tão esperada vida melhor, numa casinha com certo conforto, com energia elétrica e água encanada, um televisor para o entretenimento e é claro; comida no armário.
Severinos e Severinas atravessaram distâncias por eles inimagináveis ao longo dessas décadas enquanto eu por aqui crescia tendo uma infância feliz, bem alimentado, com direito à instrução e total acesso ao conhecimento em todas as suas áreas. Cresci um tanto alheio à triste realidade de nossa gente “Severina” tão sofrida, tão explorada, tão pisoteada pelas classes abastadas de uma sociedade hipócrita onde o “outro” em seus andrajos deploráveis passa de mendigo a um perigo iminente que urra feito fera com ecos que retumbam do interior das favelas. </b></span><br />
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b><br /></b></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxvolS2XI96GFUCs7mY2uAySbTtyndxrCIUzr1nvlPA32mxPEZ5dJmrg7m_J8CXlUkVhuZoiZhpc39jJkNzPLrIRw9Pd01Vcx1iOf2OBFtzpTZvMBF97Q61pUDYOhIglVQ2XTt-HTa0Jo/s1600/SEVERINO.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="417" data-original-width="432" height="385" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxvolS2XI96GFUCs7mY2uAySbTtyndxrCIUzr1nvlPA32mxPEZ5dJmrg7m_J8CXlUkVhuZoiZhpc39jJkNzPLrIRw9Pd01Vcx1iOf2OBFtzpTZvMBF97Q61pUDYOhIglVQ2XTt-HTa0Jo/s400/SEVERINO.jpg" width="400" /></a></div>
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b>Quando atingi uma idade plausível para a compreensão da nossa realidade pífia levei um susto ao descobrir um país imenso, dotado de uma riqueza inesgotável e onde, a exemplo da visão do Manuel Bandeira, passava a observar “um homem na lata de lixo”, aquele “Bicho” esfomeado nos assombrando a alma como um fantasma vivo.
Então tivemos a fase do “É isso ai, Bicho!”, e nem lembrávamos daquele “Bicho humano” esmiuçando o lixo para comer, para ter a chance de rastejar um pouco mais. E aquilo, para aquele “Bicho” era tudo o que restava. Os restos de uma sociedade humana tão desumana.
A Jovem Guarda passou e deu lugar a nossa Velha Guarda repleta de memórias maravilhosas de um tempo em que se falava muito, mas frente a frente. De um tempo em que um abraço era fraternal e verdadeiro e onde o romantismo era uma eterna poesia. Mas o poetinha Vinicius havia dado o aviso: “Que seja eterno enquanto dure”. E não valia apenas para os relacionamentos amorosos homem-mulher. Valia para o amor sobre todos e sobre todas as coisas...
Então um belo dia, a exemplo do Big Bang, houve uma explosão e de repente esta terra começou a nos dar uma esperança verdadeira. A quase certeza de que os sofredores Severinos dessa terra imensa e desigual iriam entrar em extinção. Seria a primeira e única extinção de espécie que faria meu coração saltitar de alegria.
De repente saímos do mapa da fome, reduzimos a mortalidade infantil, melhoramos nossa posição em variados índices sociais e tudo dava a impressão que o respeito conquistado lá fora definitivamente nos impulsionaria de sexta economia para, quem sabe? – terceira ou segunda. Era uma realidade que finalmente pisoteava o que sempre fora, ao longo de cinco séculos, uma utopia e nada mais.
Mas outra explosão estava prestes a acontecer e de repente nossas esperanças sucumbiram vitimas da hipocrisia, do sarcasmo e da total falta de dignidade por parte de facções diretivas sem escrúpulos e capazes de tudo para amealhar o poder. E como cantava o Moraes Moreira: “Lá vai o Brasil descendo a ladeira”.
Só que enquanto descemos a ladeira quem passa por nós na tentativa de subir? – Os Severinos então esquecidos. Como uma legião de zumbis desses filmes de terror, eles saíram do chão aflitos, esfomeados outra vez, maltrapilhos, sem destino, sem esperança de sobreviver nesta terra rica que a eles oferece apenas e tão somente a dor, a fome, o lixo e a salinidade de suas lágrimas que escorrem pela face apenas como tentativa de uma nascente do rio da esperança que jamais atinge a grandeza do oceano.
Então me bate ao portão o homem esquálido, roupas esfarrapadas, um ameaço de chinelo no pé, barba comprida, olhos profundos, silhueta de um magro verdadeiro.
-Moço! Pode me arrumar um trocado? Estou sem comer a dois dias...
Prontamente lhe estendo uma cédula de 20 reais. Os olhos brilharam tal qual o de um mineiro que encontra o diamante mais valioso.
- Como é seu nome? Pergunto rapidinho.
- Severino!
E veio de onde Severino?
-Ah! Seu moço venho de tão longe que nem sei mais como voltar e se tivesse que voltar, não iria de jeito algum. Sabe? –prosseguiu ele – tenho muitas histórias e nenhum livro. Mas fome já é costume, cadeia já encarei por vadiagem, trabalho desde a roça até a construção de prédio. Mas sempre assim, pedindo aqui e ali e perambulando igual cachorro abandonado.
-Espere um pouco Severino.
Então voltei com uma calça, uma camiseta, um par de meias e um calçado, tudo meio calculado a olho. Felicidade foi ali. Felicidade de um sorriso franco como há tempos não via.
- Seu moço! O senhor é um anjo!
Que nada Severino, nem asas eu tenho.
-Mas o senhor tem a dádiva de me enxergar como gente. E isto já me basta.
E lá se foi pela rua aquele Severino surpreendente que de tão longe veio e que para tão longe irá, presumo eu.
Então uma voz lá na alma me indagou:
-Já pensou se fosse o próprio Cristo?
Pensei sim. E se era o próprio, creio que fiquei com suas bênçãos. De resto, que a esperança não nos abandone e que o tempo possa esculpir em nossa pura gente um coração ainda mais forte para que juntos, unidos por uma causa justa, possamos cantar: “Lá vai o Brasil subindo a ladeira.”
-Pedro Brasil Júnior – 14/07/2020
</b></span>Pedro Brasil Jrhttp://www.blogger.com/profile/11852749335438977435noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2711389994165192735.post-63101204267092522072020-07-08T16:03:00.001-03:002020-07-08T16:03:09.654-03:00QUE ANO ?<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Tenho visto muita gente clamar para que este 2020 termine logo. A maioria já não aguenta tanta desgraça e acredita que, de repente; basta jogar aquele calendário ali da parede no lixo e tudo se resolve.
Isto me faz lembrar todas as viradas de ano quando, as pessoas desejam adentrar ao novo com aquele frenesi contagiante que as leva a sonhar com dias melhores, mais produtivos, mais saudáveis e mais ricos também.
E o que seria mais um ano além daquela fenomenal volta do planeta em torno do sol?
O Universo é mágico em seu sincronismo, mas nós, ínfimos grãos de areia por aqui dispersos, estamos alheios até mesmo aos valores da própria existência. Se bem lembro apenas um homem teve a capacidade de carregar sua própria cruz, nela ser pregado e, antes de um ultimo suspiro, teve a capacidade de pedir ao Pai o seu perdão aos que promoveram toda aquela maldade.
E desde então a maldade nunca teve um freio, um fim. E chega-se agora não a um destino insólito, mas a um entroncamento que visa despertar nosso bom senso. </b></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkQT-QLJBYItED5r1nfZ8eOKVDRESsKENxw9oBaTkGbXguL_riMsMyjLb-p20BUwDYEAnFBPt2r7esXBiTIt0jOmFQbUGWG_yBQaCIjWPYjlxPe_b0bCaFt_zLYeSJvGT7dIGuj_no8hM/s1600/QUE+ANO-+MONTAGEM.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="680" data-original-width="907" height="297" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkQT-QLJBYItED5r1nfZ8eOKVDRESsKENxw9oBaTkGbXguL_riMsMyjLb-p20BUwDYEAnFBPt2r7esXBiTIt0jOmFQbUGWG_yBQaCIjWPYjlxPe_b0bCaFt_zLYeSJvGT7dIGuj_no8hM/s400/QUE+ANO-+MONTAGEM.jpg" width="400" /></a></div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>As desgraças todas não surgiram aleatórias porque sempre tiveram e seguem tendo nossas próprias ações. Queremos um mundo melhor, mas seguimos destruindo a própria casa, como se de repente, por causa de um rato, a gente ateasse fogo na casa só para matá-lo. Sutil ignorância num mundo esfacelado pela desigualdade e pelo descaso. Já perdermos o rótulo de humanidade faz tempo. O trocamos por facções inúmeras, cada uma delas, em seu ponto de origem, envoltas em seus próprios e mesquinhos interesses. Então seria melhor levar este 2020 à guilhotina e pronto! – Cabeça de um lado e corpo do outro e tudo estaria resolvido. O admirável mundo novo teria início, mas infectado por todos os defeitos humanos que hoje se destacam em todos os pontos. E a visão é tão anacrônica que a maioria que almeja o final antecipado do ano nem se dá conta que todos os dias, milhares de pessoas encerram o ano com o final de suas vidas. É mesquinhez sobre a incapacidade de avançar, se proteger e ser protegido; de respeitar e ser respeitado; de se unir para a construção do melhor. Enquanto uma parte seguir puxando a brasa para a sua sardinha seguiremos na mesma condição de patéticos sobreviventes do caos ético e moral.
Que o ano encerre quando a Terra perfizer seu trajeto, nesta elipse misteriosa de milhões de anos alheios aos relógios e aos nossos mais distintos costumes.
Afora isto, o ano; cada ano – nada mais são do que os reflexos dos nossos passos sobre o gigantesco espelho da existência.
-Pedro Brasil Jr – 07/07/2020
</b></span>Pedro Brasil Jrhttp://www.blogger.com/profile/11852749335438977435noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2711389994165192735.post-72932717439760222112020-06-18T18:05:00.000-03:002020-06-18T18:05:46.301-03:00PEGA NA MENTIRA E COLA UMA VERDADE CHINESA<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><i>Era para ter postado ontem, mas os palitos de fósforos não resistiram à pressão do sono. Então... é textão, mas se você tem um tempinho, fico grato! </i></b></span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>Pense numa quarta-feira repleta de afazeres como há meses não acontecia. Longe da outra casa há mais de dois meses, eis-me aqui neste cantinho diante do computador mandando ver nas tarefas à distância e vez ou outra dando uma deslizada por estas redes sociais que andam parecendo um daqueles vidros grandes de picles onde a gente encontra todos os sabores. Uns mais suaves e outros quase intragáveis como aquela pimenta dedo de moça que conseguiu se juntar à turma.
Bem; fazia tempinho que seis e meia da manhã não me pegava pulando da cama e neste dia tive que ceder aos caprichos do relógio e iniciar o dia como manda o figurino antigo. Foi uma manhã agitada porque de repente, ainda que eu não necessite de tamanho sacrifício, tenho gente na família que num estalar de dedos precisaram se deslocar aos seus locais de trabalho. Então dei uma de Uber-Familia e fui de um lado para outro numa conexão entre São José dos Pinhais – Pinhais – Curitiba e de volta à São José devidamente mascarado no melhor estilo daquele zorro cavaleiro cortando distâncias em seu poderoso Silver. E as horas se esvaíram como as areias da ampulheta e eu, de volta ao aconchego só tive tempo de tomar um fôlego e partir para as atividades de praxe. Mesmo à distância, o prazer de se fazer o que se gosta é maravilhoso. Mas devo confessar que nestes deslizes pelo facebook ouvindo o saudoso Emílio Santiago dei uma pausa para divagar sobre as coisas que nos cercam, as pessoas que nos cercam, suas ideias, seus ideais e de outra facção, infelizmente, sua indomável ignorância.
De repente me peguei olhando o vazio como se fosse um espelho animado me mostrando toda a trajetória que já fiz, a quantidade de livros que já li e sigo lendo, as canções e artistas tão bem selecionados, o convívio com gente bem à frente do meu conhecimento e com quem tive a honra de aprender. Foram muitos esses degraus para que eu pudesse ter a chance de olhar as nuvens por cima, com aqueles raios do sol infiltrando-se e promovendo um colorido fascinante e divino.
Então voltei a escorregar as postagens do face e fui vendo de soslaio coisas como o “fim do mundo” anunciado pelo calendário Maia e já programado para a semana que vem. Acho que diante ao exposto vou ter que fazer o que nunca fiz: tomar um porre literalmente.
Depois não me contive perante o “pesadelo do Covid” que segue aniquilando sonhos de norte a sul diante da indiferença de tanta gente. Já nem adentro aos alertas, porque quando faço isto já me sinto como placa de trânsito à beira de rodovia alertando para o limite de velocidade e, no entanto, a maioria aperta o pé para ver a roleta da sorte escolher uma nova vítima. </b></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><br /></b></span>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhl7mKJYNigKPFTqzbF9-7dYQpEbIYGDml8yrS5u0ZQj5DwuZOHPVOKihw6xQBQsPkIFpl97Ui5WI5iavnCoDPRyqN4zFJvxw_2d5XnY_7Uy44xejmWHPt9cP2a5eg4hx_En4ydhKNe3FA/s1600/VERDADE+CHINESA+-+MONTAGEM.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1050" data-original-width="1417" height="296" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhl7mKJYNigKPFTqzbF9-7dYQpEbIYGDml8yrS5u0ZQj5DwuZOHPVOKihw6xQBQsPkIFpl97Ui5WI5iavnCoDPRyqN4zFJvxw_2d5XnY_7Uy44xejmWHPt9cP2a5eg4hx_En4ydhKNe3FA/s400/VERDADE+CHINESA+-+MONTAGEM.jpg" width="400" /></a></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>E se o trânsito é uma guerra famigerada, imaginem a guerra biológica que muitos insistem em exaltar neste momento em ninguém mais sabe ao certo como conter o vírus e pior; como conter a volúpia de humanos dispostos a tudo para encarar um shopping ou uma festa de arromba.
Mas em meio a isso tudo a gente descobre coisas deliciosas que os outros preparam em casa, como uma torta de matar a gente afogado ou aquelas rosquinhas da Jujú sapecadas em açúcar que bem convidam àquele café com leite. Ah! As rosquinhas da Jujú...
E as mentiras então? Tem tanta mentira por ali que se o Pinóquio tivesse a chance de acessar por certo que seu nariz iria daqui até os confins da Ásia.
Eu nem vou relacionar as mentiras e nem tampouco os mentirosos que as espalham e que nelas acreditam com unhas e dentes. O que me surpreende é ver onde as pessoas conseguiram chegar a bordo desse gigantesco trem fantasma que lhes permite, me parece, fazer de tudo para destruir os sonhos daqueles que acreditam em um mundo melhor. Fico pasmo perante tanta gente odiosa, mal amada, recalcada, prepotente, racista, homofóbica e muitos destes, para deixar o quadro borrado de vez, com requintes de fascismo escancarado.
Lembrei-me do Erasmo Carlos cantando lá no passado aquela canção “Pega Na Mentira” lançada em 1981 e que apesar da sátira era sim um esboço dessa coisa que vivemos hoje. Alguém inventa uma mentira e um batalhão de tapados acredita e passa adiante. Daí a calamidade cultural, social e política.
E agora, chegando o cuco nas 23 horas eu continuo aqui com raros palitos de fósforos tentando segurar as pálpebras para enganar o sono e o cansaço.
Mas querem mesmo saber? Hoje fiz apenas um turismo “the flash” pelas redes e concluo que realmente estamos, aqueles que tentam edificar uma vida concreta”, falando uns para os outros o que todos entre si bem sabem. Porque o resto não está nem ai para verdades que podem ajudar a melhorar o jeito de viver, de subir os degraus da existência, de requisitar através do conhecimento os direitos que todos temos e que hoje são pisoteados como baratas tontas.
Daqui a pouco é quinta-feira outra vez e certamente que nos telejornais vão mostrar a China, de onde o vírus tomou o rumo mundial e muitos seguirão caindo de pau nos chineses porque comem morcego, escorpião, cobra, rato e os cambaus. Triste ignorância da nossa gente aqui que nunca se embrenhou pela real história do povo chinês num passado onde um cidadão considerado rico era o que tinha em casa uma simples garrafa térmica. Mas isto não importa porque a maioria dessa gente compra tudo que lá produzem por uma tal de Wish e se deliciam com as novidades tão práticas como uma banheira que você, depois do banho pode desmontar, comprimir e acredite, guardar numa gaveta.
Fico aqui então com a “Verdade Chinesa” na voz do grande Emílio Santiago de onde trago pra você este pedacinho que é a mais pura verdade: “Senta, se acomoda, à vontade, tá em casa
Toma um copo, dá um tempo, que a tristeza vai passar
Deixa, pra amanhã tem muito tempo
O que vale é o sentimento
E o amor que a gente tem no coração” –
Se conhecer a canção já sabe a letra, se não conhece; por favor, vá ao youtube e curta o clipe. Além da música e do talento que Emílio Santiago tinha você vai comprovar o quanto detínhamos de majestoso em nossa arte e em nossa cultura. Porque o resto, é doce ilusão, é mentira escandalosa. (Pedro Brasil Jr – em 17/06/2020)
</b></span>Pedro Brasil Jrhttp://www.blogger.com/profile/11852749335438977435noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2711389994165192735.post-74796421501150192762020-02-04T18:37:00.000-03:002020-02-04T18:37:20.556-03:00MALDITO CALENDÁRIO<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Chegou sorrateiro em frente ao portão e sem fazer cerimônias foi entrando com passos devidamente calculados. Porta entreaberta, empurrou cuidadosamente para não quebrar o silêncio, mas as dobradiças cansadas deram aquela famosa chiada e o sujeito que dormia acordou de sobressalto. -Quem está ai? -Sou eu! -Eu quem? -Fevereiro meu camarada! -Fevereiro? Mas já é a tua vez de comandar a orquestra dos dias? - Claro meu brother; então achava você que ia se eternizar neste cargo? - Bem; até que eu ansiava por merecidas férias, mas passou tão depressa... - Você é que pensa! Seus dias se arrastaram feito correntes em castelo mal assombrado. Aliás; teus dias foram uma assombração completa. -Não exagera! Tive dias ensolarados, gente curtindo a praia, pessoas comemorando o início do novo ano regados a champanhe e espumantes e... -Chega! Chega! Chega! - Você não está batendo bem da cachola meu nobre Janeiro. Veja lá; teus dias foram repletos de tragédias. Aguaceiro sem fim carregando tudo. E gente que já não tinha nada acabou perdendo tudo o que achava que tinha. Sem contar com esse vírus ai, o tal de Corona que pegou carona no lombo dos burros que conduziram esses teus dias insólitos. - Ah! Mas essas coisas são tão comuns ao longo de cada mês... - Pode até ser, mas todo ano quando você assume a orquestra é um desastre só.
Aliás; desastre sempre anunciado. Eu não vou te culpar ferrenhamente, porque nós sabemos que as pessoas é que criam esses problemas, em sua maioria, é bem verdade. -Tá vendo? Você tem que considerar que não foi tão ruim assim. - </b></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2KGH2FW4-u2iDFmJc0i-DT6MxmlHbqh2MmvYbk1Vq-Yaf7mf7-156T62ZXhXtiO2uVEqrBBhyphenhyphenIYN91Rm3V-dp2zesLRU_fF2HaDBxSOH9yeh2cVjxs8TkzydF_3Qp2Zwb_5YQLLbB6C4/s1600/CALENDAR+TERRIV.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><img border="0" data-original-height="1340" data-original-width="1600" height="333" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2KGH2FW4-u2iDFmJc0i-DT6MxmlHbqh2MmvYbk1Vq-Yaf7mf7-156T62ZXhXtiO2uVEqrBBhyphenhyphenIYN91Rm3V-dp2zesLRU_fF2HaDBxSOH9yeh2cVjxs8TkzydF_3Qp2Zwb_5YQLLbB6C4/s400/CALENDAR+TERRIV.jpg" width="400" /></b></span></a></div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Pois é meu caro; mas a orquestra sob meu comando é sempre mais agradável a este povo sofrido. Aliás, esse povo sofre por 13 meses a cada ano. - Que é isso? Inventou um mês a mais? -Lógico meu caro. Os bancos, as escolas particulares, os serviços em geral já inventaram o décimo terceiro mês faz muito tempo. É a maneira sutil de enganar uns aos outros. Em sendo assim, o povo sofre treze meses e se diverte em apenas um, que evidentemente é o que eu comando no melhor estilo desses Djs mundão afora. -Ah! Tá bom então. Mas cuidado com essa referência ao treze. Não é um número bem visto, tanto no folclore popular quando nas lides políticas. Qualquer coisa ligada ao treze pode te deixar em maus lençóis... -Que se dane! Quem acredita em número do azar, gato preto e milagre de igreja precisa de tratamento psiquiátrico. A realidade é outra! -E qual é a tua realidade? - Oras! Eu sou fevereiro, o mês do elixir da vida. -Tá de brincadeira? Como assim? - Veja lá; quem nasceu no dia 29 sob meu comando, só faz aniversário a cada quatro anos. Quer mais vantagem do que esta? Se todos os demais aniversariam todos os anos, o sortudo do dia 29 do meu mês sempre vai estar mais novo, mais robusto, cheio de energia para curtir a minha festa maior, o carnaval, com o Rei Momo, a Rainha, o Trio Elétrico, os Blocos, as Escolas de Samba e muito love, só love, só love. E além disso, quando novembro fizer gargarejo para seu discurso de posse, terá de minha parte a entrega de todos aqueles rebentos originários das loucuras mais tesudas de norte a sul. - Ôpa! Menos ai. Tem camisinha, pílula, pílula do dia seguinte, Diu... - Quá, quá, quá... Tá por fora mermão. Na hora da forrupa, com uns tragos nas ideias ou coisas mais fortes o povo tá nem ai pra essas coisas e menos ainda para aquelas doenças venéreas. O povo quer é ir ao exagero afinal de contas, é carnaval, a festa da carne onde até vegano cai na folia. -Mas você é bem filho da puta, né? - Ops! Pega leve primo de calendário. Eu não promovo nada disso. Eu sou o mês e os homens é que fazem o festerê. Tô isento de toda e qualquer culpa. E também não tenho aquela aguaceira toda que tudo e a todos carrega como cabeça de água em rio. Ah! E todo mundo tem ainda um motivo para celebrar comigo. Sendo eu mais curtinho, o pessoal recebe o salário mais cedo, gasta mais cedo também, mas é ai que entra aquilo que te disse; que sou o mês da celebração e da alegria. Os outros doze meses é de luta, sofrimento, impostos, empréstimos, filas na lotérica, no banco, no posto de saúde, na vaga de emprego e por ai vai. O resto do ano é tempo de fila, inclusive de fila-boia, porque a coisa tá de um jeito... - Tá bom meu primo fevereiro! Assuma o cargo, coloque sua merecida faixa e tenha dias de um governo sereno, embora agitado pelas festas. Eu me recolho entristecido pelas causas das intempéries, mas a Natureza é justa e quando se revolta... sai de baixo! - Valeu primão Janeiro! Bom descanso e regresse enérgico naquele dia primeiro quando deixam a noite feito um dia e a cabeça feito um pião pelos efeitos etílicos. E tudo isto meu caro, porque querendo ou não, a vida é, foi e sempre será ditada por este maldito calendário. </b></span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b> (PBJ- Curitiba - 03/02/2020)</b></span>Pedro Brasil Jrhttp://www.blogger.com/profile/11852749335438977435noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2711389994165192735.post-11424998105608508312019-06-11T17:10:00.000-03:002019-06-11T17:10:03.991-03:00POR UMA ARMA ZEN <span style="color: yellow; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Zen é o nome japonês da tradição Chan que surgiu por volta do século VII. O Zen costuma ser associado ao Budismo do ramo Mahayana.
Também é costume popular por nossas bandas dizer que "estou Zen" ou seja; que se está em perfeita harmonia com a vida.
Mas o Zen também já foi "puxado" para o lado cômico da nossa existência no que diz respeito ao universo das piadas como segue:
Dois monges estavam meditando, mas meditaram tanto que ficaram tão Zen que atravessaram um coador de café. Qual é o nome do filme?
Os Zen-filtrados.
E eu cá comigo fiquei pensando na hipótese de que poderia existir uma Arma Zen que fosse capaz de promover a paz e a união entre os homens.
Talvez uma oração coletiva na mesma hora em todo o mundo. Quem sabe num dado momento todas as pessoas se abraçando em todos os pontos. </b></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnX1fHA2y7hu1k1NnRh_j_Z4Sx5K0h5KIMSPynCKI7Z0fWm1vs53u4aMt69MpujgGw89AB1B7YJVectlMKW-84v94q8zWfBvnJxITYY5GDw1H8-R07sApNTYVI8qV-3TuvKQYrCjdDNMA/s1600/20+-+ISTO+%25C3%2589+VIVER+12-+ORA%25C3%2587%25C3%2583O.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="color: yellow;"><img border="0" data-original-height="640" data-original-width="960" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnX1fHA2y7hu1k1NnRh_j_Z4Sx5K0h5KIMSPynCKI7Z0fWm1vs53u4aMt69MpujgGw89AB1B7YJVectlMKW-84v94q8zWfBvnJxITYY5GDw1H8-R07sApNTYVI8qV-3TuvKQYrCjdDNMA/s400/20+-+ISTO+%25C3%2589+VIVER+12-+ORA%25C3%2587%25C3%2583O.jpg" width="400" /></span></a></div>
<span style="color: yellow; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><br /></b></span>
<span style="color: yellow; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Ou ainda, todo mundo fazendo uma interessante viagem interior para descobrir quem somos na verdade. Em matéria, esse corpo físico que a tantos permite proezas e que a outro tanto castiga com suas dores e defeitos. Em termos de essência... Eis aqui o ponto mais primordial entre todos. É na essência que se resguardam os segredos que revelam quem somos, como pensamos, como observamos e julgamos os semelhantes.
Reflexões para um raro instante. Dedique 60 segundos para se buscar e tentar corrigir alguma coisa. Talvez aquele "pontinho preto" que incomoda todo o seu quadro branco. Já é um bom começo. Mas esta jornada é longa e exige dedicação, determinação e muita oração também.
Nossa ARMA ZEN é muito mais poderosa que os canhões de antigamente ou dos mísseis do "atualmente". Talvez mais poderosa do que as ameaçadoras bombas que prometem destruir o planeta.
Nossa ARMA ZEN vive na essência, nas profundezas do nosso ser e só precisa de momentos de tranquilidade e silêncio para que possa ser utilizada em benefício da Paz. Maneje sua ARMA ZEN todos os dias. Não precisa muita prática, só boa vontade. Não precisa "porte" porque a única ameaça de que é capaz, é transformar as pessoas para melhor. E o mundo precisa disso urgentemente! </b></span><br />
<span style="color: yellow; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>-Pedro Brasil Jr – 07/05/2019 -</b></span>Pedro Brasil Jrhttp://www.blogger.com/profile/11852749335438977435noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2711389994165192735.post-60128292438345264612015-09-03T15:43:00.002-03:002015-09-03T15:43:37.545-03:00DIA ESPECIAL<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhY4bce9mp89_qAs9vfY4NfAdO18s8xUYGXv4K9K3JUBJhmahQHq1DzzHB74zuT9-CLVw2PyN8-hHgrntpxw970yysk81Efl0QNVQzgA-X6_kjrKk7PSkhcthV3SVK2nmH1Pu1oSNMHuOI/s1600/03+-+ENT%25C3%2583O+CHOVE+-pbj+03+set+15.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="371" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhY4bce9mp89_qAs9vfY4NfAdO18s8xUYGXv4K9K3JUBJhmahQHq1DzzHB74zuT9-CLVw2PyN8-hHgrntpxw970yysk81Efl0QNVQzgA-X6_kjrKk7PSkhcthV3SVK2nmH1Pu1oSNMHuOI/s400/03+-+ENT%25C3%2583O+CHOVE+-pbj+03+set+15.jpg" width="400" /></a></div>
<br />Pedro Brasil Jrhttp://www.blogger.com/profile/11852749335438977435noreply@blogger.com2