quarta-feira, 20 de abril de 2011

A POESIA DE OMAR MINGUILLÓN

Tenho bebido
mais do que um homem pode beber.
Vinho misturado com pétalas
da flor vermelha
que os mercadores do Nascente
abandonaram em sua fuga.

As vezes me parece
que estamos nele
como no mar
quando não há vento.

As correntezas
levam cada barco
em distintas direções
e velocidades.

Alguns homens remam
e outros simplesmente esperam.

Cedo ou tarde,
de uma ou outra forma,
o mar deixará todos na praia.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

A PÉROLA

A PÉROLA
-Pedro Brasil Jr -
Quando me vi refletido nos teus olhos, me tornei um aventureiro pelos mares do teu ser. Naveguei pela maciez da tua pele ainda com as mãos trêmulas. Como não sentir tamanha emoção? Verdade que o teu oceano de amor também guardava segredos que fui aos poucos descobrindo. Um beijo quase interminável! Um arrepio na espinha! E comecei a navegar com as mãos lentamente, tateando o teu ser, a tua existência. Seios intumescidos! Sugestivos! E fui singrando mar adentro, deslizando como caravela solta ao vento. Beijei teu corpo centímetro por centímetro e fui descobrindo interessantes desenhos que a natureza se encarregou de gravar. Toquei, finalmente, teu segredo maior. E vi teus olhos brilharem e pude ouvir um gostoso sussurro. Finalmente, vasculhando teus detalhes, descobri tua pérola e fiz dela o derradeiro botão de uma explosão de prazer. Senti tuas mãos me apertarem! Senti você me agarrar pedindo para ir em frente. E eu segui navegando, ora com as mãos, ora com minha língua! E fui apreciando os teus sabores todos e sentindo todo o esplendor da tua entrega. Finalmente, me deixei levar pelo impulso e fui ter com toda a tua intimidade. Então, atraquei meu navio no teu porto e me deixei descansar depois dessa maravilhosa aventura de sentir, em todas as nuanças, a poderosa e avassaladora força do teu amor.
- S.J.Pinhais 30/Maio/2005 -
*Publicado originalmente nos Anjos de Prata- www.anjosdeprata.com.br

segunda-feira, 4 de abril de 2011

SOLIDÃO

Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo...
Isto é carência!
Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar...
Isto é saudade!
Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes, para realinhar os pensamentos...
Isto é equilíbrio!
Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente...
Isto é um princípio da natureza!
Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado...
Isto é circunstância!
Solidão é muito mais do que isto...
Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma.