quarta-feira, 14 de outubro de 2020

QUERO MEU LUGAR NO QUEIJO

Campanha política é coisa invulgar porque na visão da maioria dos candidatos o objetivo é aquela cadeira onde se exerce o cargo para o qual se foi eleito. Para chegar ao queijo e suas delícias existem as regras do jogo e, como em todo jogo, sempre existem os que tentam burlar, usando dos mais criativos artifícios e, em sendo assim, despertando a ira nos concorrentes que ficam atentos a toda ação que porventura venha a infringir a regra da disputa. Enquanto a campanha dispara, as pesquisas vão revelando preferências e o contingente de candidatos vai criando suas estratégias, o eleitor, aquele que escolhe o seu representante, recebe os santinhos e nem se arrisca a rezar. Pior é que a maioria dos eleitores deixa para escolher alguém às vésperas da eleição e muitos até no dia quando, sem muita opção, escolhem aleatoriamente alguém ou votam em branco ou anulam seu voto, coisa que não é boa para a democracia.

O queijo está lá à espera dos que chegarem à frente, tal qual na concepção de cada indivíduo cujo espermatozoide ganhou a corrida e lhe deu direito à vida. Da mesma maneira, creio eu, em se tendo direito à vida pelo mérito da “vitória” que na disputa aos cargos eletivos, os que forem agraciados com maioria de votos que deixem de focar na cadeira, nos salários e nas vantagens e que observem a real função e que façam valer seus projetos, dentro de todos os parâmetros, a fim de que a cidade, seja ela qual for, possa ganhar todas as melhorias necessárias em detrimento de uma qualidade de vida melhor para sua gente. Sim; o queijo é convidativo, mas o eleitor precisa, antes do pleito, analisar seus candidatos, ver seus projetos, olhar a cidade onde vive como ela se encontra para ver se realmente as propostas dos candidatos do momento são possíveis, melhores do que a atual administração vem realizando e se muitas dessas propostas/promessas podem ser realizadas com recursos do próprio município. Do contrário; o queijo poderá ser maravilhoso para muitos, mas o eleitor é quem acabará topando com a armadilha fatal. Vote consciente, analise e não se deixe levar pelos “mi mi mis” da campanha. Não se esqueça daquela máxima antiga que diz: “muitos se fingem de morto para faturar o coveiro”. É o nosso país, é a nossa cultura eleitoreira. Tá na hora de mudar, mas é preciso ter consciência, discernimento e participação ativa ao votar e depois, para fazer a devidas e justas cobranças.

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