segunda-feira, 27 de junho de 2011

ALENTO

Eu quero te esperar

Nos momentos de desalento

Com meu olhar te abraçar

E com meu colo te dar

O fôlego e a força

Para superar

Cansaços e medos

No teu desconsolo

Eu quero ser teu alento

Para trazer

Com afagos e carinhos

A certeza e o sentimento

De saber que és a luz

Que brilha no meu firmamento.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

11 ANOS NO SÉCULO 21

Ainda há pouco tive a chance de observar a sombra da Terra na Lua.
É uma boa notícia, porque do outro lado o Sol nos ilumina e me parece que todo o fantástico sincronismo do Universo segue em sua sublime perfeição divina. Já se passaram 11 anos desde a virada do milênio. Se bem me lembro, apostava-se muito em mudanças radicais, em um mundo melhor para se viver... Mas das mudanças que até aqui tivemos, poucas por sinal, o que nos restou foram o aumento das crises financeiras, da fome, das guerras, da violência urbana, do lixo, das desavenças políticas, da hipocrisia, dos preconceitos, das imagens cruéis da realidade que tomaram conta das televisões de todo o mundo, da Internet, dos jornais, das revistas, das conversas de esquina...Matar se tornou tão natural... Meu Deus! Onde foram parar nossos sonhos, as fábulas, as tardes tranquilas num banco de praça?Para onde foram as amizades verdadeiras, leais? E o respeito pelos pais, pelos mais velhos, pelos professores? As vezes temos a impressão que é o Fim do Mundo! Eu disse do MUNDO, porque o MUNDO somos, aqui na Terra, apenas nós HUMANOS(e muitos DES) e todas as demais criaturas vivas.Porque felizmente, o UNIVERSO segue sua trajetória alheio às ações dessas criaturas racionais que, dentro de seu meio ou seu contexto de vida, contribuem de maneira direta e indireta para que tudo se acabe por pura falta de bom senso. Já estamos 11 anos no Século 21 e ainda não abrimos verdadeiramente nossos olhos para a realidade que desponta no horizonte sombrio. Ainda é tempo, tenho esperança, de se dar solução ao lixo, de se preservar a água, o ar, as florestas, os animais e acima de tudo, o sorriso de todas as crianças, porque delas será esta TERRA num futuro breve. O que pretendemos deixar aos nossos filhos e netos?
-Pedro Brasil Junior -
15/junho/2011
A seguir, uma mensagem do ano 2000 para um dos comerciais mais interessantes daquela época. Veja em:http://youtu.be/wNi2w7FfYrI

quinta-feira, 2 de junho de 2011

NÓS E NÓS MESMOS

Faz tempo!...
Longe caminhei um dia, numa dessas melancólicas tardes de outono, por entre o arvoredo e, a cada passada, meus pés moíam algumas folhas secas daquele enorme tapete. Folhas em despedida de sua passagem e altivez quando ainda lá no alto das árvores, desenhando um cenário verde e único.Nuas, mas sem demonstrar vergonha alguma, as árvores então dormentes, totalmente alheias a tudo o que ocorria à sua volta. Uma preparação para a novidade primaveril. Uma tarde fria e melancólica que a cada ano se repete e que leva muitos de nós a criar expectativas a respeito do futuro. Nós e nossas lembranças!... Nós e nossas alegrias!... Nós e nossas dores!... Nós e Nós mesmos dando passadas no tapete de folhas secas.
De quando em quando uma rajada de vento a varrer sutilmente parte das folhas, criando desenhos insólitos.O outono se esvai gradativamente a cada dia e os rigores do inverno haverão de dançar por entre as árvores nuas, como fantasmas impiedosos que lá no fundo não assustam ninguém.
Nós e Nós mesmos seguiremos passando pelo caminho todos os dias e ao longo de cada um deles, o tapete estará sumindo e logo, aquelas folhas secas estarão todas definitivamente tomadas pela magia da transformação da natureza.
As árvores, apesar de dormentes, seguirão extraindo das entranhas da terra tudo o que necessitam e depois que o inverno partir, abrir-se-ão verdejantes talos e através deles, folhas verdejantes, novas, a recompor o cenário e a nos transformar também.
Nós e nossas recentes lembranças!...
Nós e nossas novas alegrias!... Nós e nossas possíveis novas dores!...
Nós e Nós mesmos em passadas pelo chão firme, sem tapete de folhas secas, mas passadas determinadas ao novo ciclo de vida.
E chegará assim a nova primavera!
Embora mais velhos, e não haveria como ser diferente, um tanto mais renovados, se evidentemente
tivermos a graça de perceber que ao redor, o mistério de todas as vidas segue esboçando seus magníficos desenhos em nossa jornada através do tempo.
(Curitiba, 31 de maio- 2011)