Há 190 anos uma mulher forte e determinada entregava heroicamente sua vida para resguardar a segurança de suas protegidas num convento. Soror Joana Angélica, religiosa da Ordem das Reformadas de Nossa Senhora da Conceição foi também heroína da Independência do Brasil.
Nascida em 11 de dezembro de 1761, em Salvador/BA, entrou para o noviciado no Convento de Nossa Senhora da Lapa em 1782, pronunciando os votos um ano depois.
No período de 1798 a 1801, exerceu diversos cargos burocráticos na comunidade, assumindo funções de vigária e sendo conduzida ao posto de conselheira em 1809.
Eleita abadessa em 1814, esteve à frente do convento até 1817, sendo reeleita três anos mais tarde.
Sabe-se, através de alguns registros, que em 7 de setembro de 1822, no Ipiranga-SP, D. Pedro I proclamava a Independência do Brasil, separando-o de Portugal.
Ao mesmo tempo, na Bahia, as tropas portuguesas comandadas pelo Brigadeiro Inácio Luis Madeira de Melo, resistiram tenazmente às forças aliadas a D. Pedro I.
Durante as lutas pela Independência, os soldados portugueses invadiram o Convento de Nossa Senhora da Lapa em 19 de fevereiro de 1823.
Soror Joana Angélica não se intimidou diante a ameça de invasão e ficou na porta do convento, intimidando os homens com a cruz alçada, pedindo que não profanassem o abrigo de suas protegidas.
Resistiu o quanto pode e em seguida foi ataca a golpes de baioneta.
Com o seu martírio, deu tempo às internas de escaparem, refugiando-se no Convento da Soledade enquanto ela recebia socorros que somente lhe permitiram viver algumas poucas horas.
Tombando numa luta pelos ideais de liberdade, Soror Joana Angélica tornou-se Mártir da Independência do Brasil e, nos caminhos da espiritualidade, como Joanna de Ângelis, prossegue sua missão de luz como verdadeira Amiga e Benfeitora, sempre irradiando profundas mensagens do Evangelho.
Dentre tantas, destacamos:
“Nada no Universo ocorre como fenômeno caótico, resultado de alguma desordem que nele predomine. O que parece casual, destrutivo, é sempre efeito de uma programação transcendente, que objetiva a ordem, a harmonia.
De igual maneira, nos destinos humanos sempre vige a Lei de Causa e Efeito, como responsável legitima por todas as ocorrências, por mais diversificadas apresentem-se.
O Espírito progride através das experiências que lhe facultam desenvolver o conhecimento intelectual enquanto lapida as impurezas morais primitivas, transformando-as em emoções relevantes e libertadoras.”
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